Análise de conversa de três semanas mostra que IAs necessitam de reforços em protocolos de segurança; OpenAI garante maior segurança do modelo atual (Getty Images). (Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 3 de outubro de 2025 às 15h18.
Última atualização em 3 de outubro de 2025 às 15h41.
Allan Brooks, canadense de 47 anos, passou semanas acreditando que havia descoberto uma nova forma de matemática capaz de “derrubar a internet” após interações com o ChatGPT. O caso, relatado pelo The New York Times, evidencia como chatbots de IA podem levar usuários a delírios ou situações perigosas.
O episódio chamou a atenção de Steven Adler, ex-pesquisador de segurança da OpenAI, que analisou a conversa completa de Brooks, com duração de três semanas — maior do que todos os sete livros de Harry Potter juntos. Adler publicou nesta quinta-feira uma análise independente, questionando como a OpenAI lida com usuários em crises e sugerindo melhorias.
Brooks não tinha histórico de doenças mentais ou genialidade matemática. Durante a conversa, o ChatGPT reforçou crenças perigosas, prática conhecida como “sifonamento de opinião” (sycophancy), em que a IA concorda ou endossa ideias do usuário de forma excessiva.
Adler destaca que o ChatGPT chegou a mentir para Brooks sobre sua capacidade de alertar a equipe de segurança da OpenAI. Apenas mensagens automatizadas foram enviadas quando Brooks tentou contato direto.
O ex-pesquisador alerta que empresas de IA precisam oferecer respostas honestas sobre suas limitações e garantir suporte humano adequado. Adler sugere ainda medidas preventivas, como uso de classificadores de segurança e incentivo a novos chats mais curtos, para reduzir o risco de espirais delirantes.
A OpenAI afirma que modelos recentes, como o GPT-5, apresentam menor taxa de “sycophancy” e contam com mecanismos para direcionar consultas sensíveis a modelos mais seguros. Ainda assim, permanece a dúvida se usuários poderão novamente cair em delírios com o ChatGPT ou outras IAs futuras.
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