Inteligência Artificial

Com lucro superior a US$ 228 milhões, Figma dá passos para IPO e pretende investir pesado em IA

Plataforma colaborativa aposta em inteligência artificial como diferencial competitivo e futuro dos fluxos de trabalho de design

Dylan Field: CEO da Figma (Kimberly White/Getty Images)

Dylan Field: CEO da Figma (Kimberly White/Getty Images)

Publicado em 2 de julho de 2025 às 10h01.

Anos após quase ser adquirida pela Adobe, em 2022, por US$ 20 bilhões, em um negócio cancelado no ano seguinte por oposição de reguladores europeus, a Figma, plataforma especializada em design colaborativo de interfaces, deu um passo significativo rumo à abertura de seu capital com uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações.

Em uma entrevista realizada no ano passado, Dylan Field, CEO da Figma, já havia insinuado que a empresa consideraria um IPO, destacando as duas principais opções para startups financiadas por capital de risco: serem adquiridas ou abrirem o capital. Após explorar completamente a primeira rota, a empresa optou por seguir o caminho público.

Em abril, a empresa já havia apresentado uma solicitação confidencial para o IPO. Agora, a Figma negociará sob o símbolo “FIG” e está se preparando para intensificar seus investimentos em inteligência artificial, uma área crucial para o presente e seu futuro. Documentos recentes revelam um aumento significativo na receita, que subiu para US$ 228,2 milhões, contra US$ 156,2 milhões no mesmo período do ano passado.

O futuro do design é a IA?

No documento de registro, Field enfatizou que os investimentos em IA serão substanciais. Mesmo que eles possam reduzir a eficiência da empresa nos próximos anos, o caminho é necessário, já que a tecnologia é considerada central para o futuro dos fluxos de trabalho de design. A Figma acredita que a IA não só ajudará a otimizar o design, mas também será um diferencial competitivo à medida que a indústria de design digital evolui.

Neste ano, a Figma ampliou sua oferta de ferramentas, incluindo recursos para criação de sites, IA para geração de código, branded marketing e ilustração digital. A inovação inclui, ainda, a permissão para que modelos de IA acessem seus servidores de design, tornando o processo de programação mais eficiente.

Com o IPO e a intensificação dos investimentos em IA, a Figma se posiciona para crescer ainda mais em um mercado no qual uma gigante como a Adobe, com a qual concorre em alguns produtos, enfrenta desconfianças sobre a capacidade de se adaptar à era da IA.

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