Inteligência Artificial

CEO da OpenAI descarta apoio do governo dos EUA para financiar data centers

Declaração responde a comentários da diretora financeira Sarah Friar sobre apoio à indústria de chips

Publicado em 9 de novembro de 2025 às 07h28.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, negou que a empresa esteja buscando apoio financeiro do governo dos Estados Unidos para financiar suas operações ou projetos de infraestrutura ligados à inteligência artificial. A manifestação ocorreu após a repercussão de declarações da diretora financeira, Sarah Friar, durante o evento WSJ Tech Live, promovido pelo The Wall Street Journal.

Altman afirmou que a companhia não tem interesse em mecanismos de garantia pública, conhecidos como backstops, usados para proteger empresas em caso de dificuldades financeiras. Ele reiterou que a OpenAI considera inadequado o uso de recursos de contribuintes para socorrer empresas que enfrentem problemas de mercado.

Declarações sobre o financiamento

As declarações de Altman vieram após uma entrevista em que Sarah Friar mencionou a formação de um ecossistema de financiamento que incluiria bancos, capital privado e eventual apoio governamental para custear a produção de chips a projetos de IA. A executiva depois esclareceu, em publicação no LinkedIn, que o termo “backstop” havia sido mal interpretado e que seu objetivo era destacar a importância de uma cooperação entre o setor privado e o governo no fortalecimento da indústria tecnológica dos Estados Unidos.

Altman explicou que a única conversa formal com o governo norte-americano sobre garantias financeiras ocorreu no contexto da construção de fábricas de semicondutores no país. Segundo ele, a OpenAI estaria disposta a colaborar com iniciativas desse tipo, mas ainda não apresentou qualquer pedido oficial de suporte financeiro.

Sustentabilidade financeira

Nos últimos meses, a OpenAI tem enfrentado questionamentos sobre sua capacidade de sustentar os altos custos associados à expansão de data centers e à compra de chips para treinar modelos avançados de inteligência artificial. A empresa tem compromissos financeiros estimados em cerca de US$ 1,4 trilhão para os próximos oito anos e projeta encerrar 2025 com uma receita anualizada de aproximadamente US$ 20 bilhões, segundo o WSJ.

Altman reconheceu que os investimentos exigem crescimento constante da receita, mas demonstrou confiança no avanço de novos produtos para o público corporativo, além de iniciativas em áreas como robótica e dispositivos de consumo. A empresa também avalia vender capacidade de computação para terceiros e ampliar a captação de capital nos próximos anos.

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