Redação Exame
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 16h56.
A startup "Telepatia AI", desenvolvida na Universidade de Stanford, chega ao Brasil após garantir um investimento de US$ 9 milhões em uma rodada liderada pelo fundo americano A-Star, com a participação de Canary, Picus Capital, Abstract VC e SV Angel. A missão da empresa é aliviar a sobrecarga dos profissionais de saúde.
A inovação da companhia é o "AI Doctor", um assistente inteligente desenvolvido por médicos para médicos.
O assistente transcreve automaticamente as conversas entre médicos e pacientes, preenche os prontuários eletrônicos e sugere protocolos de diagnóstico e exames para cada caso clínico.
A proposta é reduzir as tarefas burocráticas, permitindo que os médicos dediquem mais tempo ao atendimento direto ao paciente.
A Telepatia AI tem planos de firmar parcerias com operadoras de saúde verticalizadas, hospitais e médicos, com o objetivo de alcançar 20 mil profissionais brasileiros até o final de 2026.
Até 2030, a meta é que a ferramenta esteja disponível para todos os médicos do Brasil. A ideia do CEO Nicolás Abad é ser "uma ferramenta de apoio, que melhore a eficiência na saúde e tenha impacto positivo na experiência do paciente."
A inteligência artificial utilizada pela plataforma é treinada com múltiplos modelos de linguagem, adaptados para o contexto brasileiro, utilizando dados de estudos científicos, diretrizes nacionais e protocolos clínicos.
A experiência da Telepatia AI na Colômbia gerou resultados positivos, com a adesão aos protocolos clínicos saltando de 84% para 99%. Agora, com a chegada ao Brasil, a startup pretende transformar o atendimento médico nacional, oferecendo suporte aos médicos e melhorando a qualidade da assistência ao paciente.
A história por trás da criação da Telepatia é pessoal. Nicolás Abad se motivou a desenvolver a solução após a morte de seu pai, um médico que criticava a burocracia do setor.