Redação Exame
Publicado em 10 de novembro de 2025 às 10h12.
Um tufão nas Filipinas, nomeado de Fung-wong, desabrigou cerca de 1,4 milhão de pessoas neste final de semana. Ao menos duas pessoas morreram.
A ilha de Luzón, onde fica a capital Manila, concentra a maior parte dos desalojados. De acordo com Raffy Alejandro, chefe da Defesa Civil, o governo abriu cerca de 600 abrigos e calcula que mais de mil casas foram danificadas por ventos intensos, quedas de árvores e deslizamentos de terra.
O Instituto Meteorológico Pagasa informou que o Fung-wong passou pelo litoral de La Unión, no norte de Luzón, com rajadas de até 230 km/h antes de perder força para ventos sustentados de cerca de 150 km/h. Mesmo enfraquecido, o país mantém alertas em todo o norte e o centro do país, onde há previsão de queda de energia e danos a infraestruturas.
As autoridades também alertam para marés de tempestade com ondas de até três metros e condições de navegação perigosas. Em áreas como La Unión e Pangasinan, o mar apresenta ondas acima de 12 metros, segundo o órgão meteorológico.
O centro de previsão filipino estima que o tufão deixará o país ainda nesta segunda-feira, 10, deslocando-se para o Mar da China Meridional.
A Agência Meteorológica de Taiwan informou que pode emitir um aviso marítimo de tufão e prevê chuvas intensas no norte e leste da ilha entre segunda e terça-feira.
O presidente Ferdinand Marcos Jr. mantém em vigor o estado de emergência nacional e pediu que os moradores em áreas de risco permaneçam em abrigos seguros. As equipes de resgate seguem atuando em regiões alagadas e de difícil acesso.
A chegada do Fung-wong ocorre poucos dias após o Tufão Kalmaegi deixa mais de 100 mortos e causa destruição nas Filipinas, segundo o Escritório Nacional de Defesa Civil.
O país, localizado no cinturão de tufões do Pacífico, enfrenta uma das temporadas mais ativas dos últimos anos. Em 2025, já foram 27 tufões registrados na região, número que especialistas associam ao aquecimento dos oceanos.