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Stablecoins vêm para complementar o Pix, afirma head de ativos digitais do Inter

Em entrevista à EXAME, Bruno Grossi afirma que criptomoedas pareadas a outros ativos possuem "diversos casos de uso" possíveis

Inter: head de ativos digitais do banco destacou potencial de stablecoins (Inter/Divulgação/Divulgação)

Inter: head de ativos digitais do banco destacou potencial de stablecoins (Inter/Divulgação/Divulgação)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 15h08.

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Com a crescente adoção das criptomoedas, um segmento em específico tem ganhado cada vez mais destaque: as stablecoins. Essas criptomoedas, que podem ser pareadas a outros ativos, são conhecidas principalmente pelo uso como um "dólar digital". E, no Brasil, esses ativos devem complementar o Pix nos próximos anos.

É o que avalia Bruno Grossi, head de Digital Assets e Emerging Technologies do Inter, em entrevista exclusiva à EXAME. O executivo também é um dos nomes confirmados para o "Especial Dólar Digital", evento gratuito e com transmissão online que será realizado pela EXAME em 22 de outubro para trazer a visão de grandes nomes do mercado sobre as stablecoins.

Ele afirma que vê "vários cenários de aplicação possíveis" para esses ativos. "Nossa visão é que, no Brasil, não vamos trocar o Pix por stablecoins. Primeiro porque o Pix é um sucesso, mas também porque a tecnologia do Pix para transações instantâneas é difícil de superar, tecnicamente falando".

"Mas as stablecoins vêm para complementar o Pix em vários casos de uso onde não é possível usá-lo sozinho, como pagamentos transfronteiriços ou para trazer investidores de fora para o Brasil. Então, eu acho que tem vários casos de uso, estamos explorando os casos e vendo como podemos aplicar".

Grossi destaca que um dos elementos essenciais para entender o futuro das stablecoins é a regulação, tanto no Brasil quanto em outros países. Os Estados Unidos saíram na frente, aprovando em julho o Genius Act, projeto de lei específico para as stablecoins.

Já no mercado brasileiro, a expectativa é que o Banco Central crie regras específicas até o final do ano para o uso de stablecoins no mercado de câmbio. Um projeto de lei voltado a esses ativos também começou a sua tramitação no Congresso Nacional.

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O executivo do Inter pontua que as stablecoins podem ser pareadas a diferentes tipos de ativos, desde moedas fiduciárias até commodities, como soja ou ouro. "Na prática, estamos falando de tokenização", reforça Grossi, se referindo ao processo de registro de ativos em redes blockchains.

Para ele, a expansão das stablecoins faz parte de um processo em que "a gente tem no mundo DeFi [finanças descentralizadas] com vários produtos que estão sendo criados e que hoje não são acessíveis para a maioria da população. Se puder trazer de forma mais acessível, mais aplicada, junto com educação financeira, eu acredito em um futuro em que teremos mais oportunidades para todo mundo investir melhor".

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