Patrocínio:
(Reprodução/Reprodução)
Country Manager da Bitso Brasil
Publicado em 13 de setembro de 2025 às 10h00.
Em um ano marcado por avanços regulatórios, fortalecimento do setor cripto e maior adoção institucional, as stablecoins se consolidaram como parte essencial do ecossistema financeiro global. Seu uso crescente como alternativa aos canais bancários tradicionais, somado à aprovação da Lei GENIUS Act nos Estados Unidos, reforça o papel dessas moedas digitais como infraestrutura financeira do futuro, especialmente em comércio exterior, remessas e operações corporativas.
Esses criptoativos são chamados de stablecoins porque têm seu valor atrelado a moedas fortes, como o dólar ou o euro, ou até mesmo a commodities, como o ouro. Essa característica lhes confere maior estabilidade e os torna instrumentos ideais para enfrentar fenômenos como inflação ou volatilidade cambial.
Hoje, além de funcionarem como reserva digital de valor, são amplamente utilizados para pagamentos internacionais instantâneos, com baixo custo e sem intermediários.
A adoção das stablecoins na América Latina cresceu de forma consistente. Segundo o relatório da Bitso, Panorama Cripto na América Latina, no primeiro semestre de 2025 elas já representavam 46% de todas as compras cripto da região, com USDC e USDT dividindo a liderança (23% cada).
No Brasil, esse movimento foi ainda mais expressivo: as stablecoins foram os ativos digitais mais comprados no período, e o país ampliou sua participação nos volumes transacionados em 2 pontos percentuais na comparação anual.
Esse crescimento acompanha uma tendência global. De acordo com o Banco de Compensações Internacionais (BIS), o valor de mercado das stablecoins ultrapassou US$ 230 bilhões em 2025, frente a cerca de US$ 20 bilhões em 2020. Hoje, USDT e USDC respondem juntos por mais de 70% da atividade mundial em criptoativos (CoinGecko, 2025).
Parte desse avanço se deve ao ambiente regulatório. A Lei GENIUS Act (Guiding and Establishing National Innovation for US Stablecoins), sancionada em julho deste ano nos Estados Unidos, criou um marco legal para a emissão e uso das stablecoins.
Ao exigir garantias de lastro 1:1 em reservas e permitir que grandes bancos operem diretamente com esses ativos, a norma deu reconhecimento institucional a instrumentos que nasceram dentro do ecossistema cripto.
O impacto foi imediato: empresas de pagamentos e remessas já anunciaram projetos para integrar stablecoins em seus serviços, em busca de transações mais rápidas, seguras e econômicas. É o chamado efeito cascata regulatório, que não só fortalece o mercado global, mas também abre novas oportunidades para a América Latina.
Embora as remessas sigam sendo um caso de uso fundamental, o leque de aplicações cresce a cada semestre. Câmbio, tesouraria e arbitragem já representaram 45% dos volumes de stablecoins processados pela Bitso Business no primeiro semestre de 2025.
Setores como PSPs (Payment Service Providers) e gaming tiveram saltos expressivos na adoção: 68% de crescimento entre PSPs e 5,3 vezes de aumento no setor de games. Essas soluções permitem que empresas globais expandam seus negócios em mercados emergentes com mais eficiência, oferecendo acesso regulado a moedas fortes sem necessidade de residência ou identificação fiscal nos EUA.
Outro ponto que merece destaque é o surgimento de stablecoins atreladas a moedas locais. A MXNB, pareada ao peso mexicano, foi criada pela Juno, empresa do grupo Bitso. No Brasil, fazemos parte do consórcio que criou o global network e a stablecoin BRL1, vinculada ao real, assim como tantos outros exemplos ao redor do mundo.
Essas iniciativas refletem uma visão clara: construir soluções locais com impacto global. Ao oferecer instrumentos financeiros digitais que conversam diretamente com as economias da região, damos mais um passo em direção a uma infraestrutura de pagamentos inclusiva, moderna e preparada para o futuro.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | X | YouTube | Telegram | Tik Tok