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US$ 6 bilhões contra US$ 4 trilhões: mineradora de bitcoin derrota Microsoft em disputa nos EUA

CleanSpark foi escolhida para operar novo data center nos Estados Unidos focado no desenvolvimento de inteligência artificial

Mineração de bitcoin: empresa superou Microsoft em disputa por data center (Foto/Reprodução)

Mineração de bitcoin: empresa superou Microsoft em disputa por data center (Foto/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 29 de outubro de 2025 às 11h36.

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Com um valor de mercado acima dos US$ 4 trilhões, a Microsoft é uma das maiores, mais valiosas e mais conhecidas empresas de tecnologia do mundo. Mas nem ela está imune a reveses. Neste mês, o principal ocorreu nos Estados Unidos em uma disputa com uma empresa significativamente menor: a mineradora de bitcoin CleanSpark.

A capitalização de mercado da CleanSpark está avaliada em cerca de US$ 6 bilhões, e a empresa está longe de ter a mesma expressividade que a Microsoft. Entretanto, isso não impediu a mineradora de sair vitoriosa em uma disputa pelo controle de um novo data center no estado do Wyoming.

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O data center contará com um fornecimento de energia na casa dos 100 megawatts e será dedicado ao fornecimento de poder computacional para operações com inteligência artificial. Apesar da Microsoft ter se consolidado como uma referência na área, ela acabou ficando para trás na disputa.

Em entrevista à CNBC, Matt Schultz, CEO da CleanSpark, explicou o motivo da sua empresa ter saído vitoriosa: "Nós somos capazes de escalar e implementar uma unidade de mineração de bitcoin de 100 megawatts em cerca de seis meses. Construir a mesma estrutura para IA levaria de três a seis anos".

"Certamente, nós não fomos escolhidos porque temos um balanço patrimonial mais forte que o da Microsoft", comentou. Segundo o executivo, o plano aprovado pelas autoridades envolve o uso da mineração de bitcoin para construir e escalar a infraestrutura do data center.

Em seguida, a estrutura poderá ser usada para projetos de inteligência artificial e outras atividades com alta demanda computacional. E Schultz destacou que esse episódio não seria um caso isolado: na verdade, o fornecimento de recursos para IA deve se tornar um aspecto "central" nos modelos de negócio das mineradoras de bitcoin.

"Os mineradores de bitcoin estão posicionados de forma única, porque nós temos a habilidade de construir e abastecer data centers de uma forma muito ágil. A nossa maior restrição no momento é no acesso à energia", ressaltou o executivo.

Nos últimos meses, diversas mineradoras de criptomoedas anunciaram mudanças em seus modelos de negócios para abarcar as demandas de empresas de inteligência artificial.

No Brasil, a Eletrobras anunciou recentemente a criação de uma operação de mineração de bitcoin que seguirá uma lógica semelhante à apresentada pela CleanSpark, servindo de teste para o desenvolvimento de operações futuras mais complexas de fornecimento de energia para data centers de IA.

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