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Galípolo: tecnologia do Drex 'não se revelou viável', mas projeto não acabou

Presidente do Banco Central afirmou que desenvolvimento de nova infraestrutura digital para o mercado financeiro vai continuar

Drex: presidente do BC explicou mudança no projeto (Lula Marques/Agência Brasil)

Drex: presidente do BC explicou mudança no projeto (Lula Marques/Agência Brasil)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 17h33.

Última atualização em 12 de novembro de 2025 às 18h34.

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O presidente do Banco Central Gabriel Galípolo afirmou nesta quarta-feira, 12, que a tecnologia testada para o projeto do Drex nos últimos anos "não se revelou viável", levando a autarquia a desligar a plataforma desenvolvida para os testes do piloto da iniciativa. Entretanto, ele reforçou que o BC não abandonou a criação da infraestrutura digital.

No dia 4 de novembro, o BC comunicou aos participantes do piloto do projeto que a plataforma criada para os testes seria desligada. O sistema se baseou em uma rede de registro distribuído (DLT) da Hyperledger Besu. As DLTs contam com a mesma tecnologia das redes blockchain.

A rede baseada na Hyperledger Besu foi lançada em 2023 e abrigou os testes desenvolvidos pelo Banco Central e representantes do mercado financeiro desde então. O piloto contou com duas fases, sendo que a segunda foi concluída no primeiro semestre deste ano.

Ao explicar a decisão do BC, Galípolo disse que "após quatro anos, a tecnologia não se reveliu viável. Hoje existem outras maneiras de atingir o que a gente quer, que é ter essa rede com ativos tokenizados e com certificação que vai dar segurança e liquidez de maneira mais simples por meio de outras tecnologias".

O presidente do Banco Central não comentou quais teriam sido os problemas que levaram à decisão do BC. Entretanto, o Drex vinha enfrentando há anos a dificuldade de conciliar as características da tecnologia DLT com requisitos de privacidade e proteção de dados pessoais.

Apesar do desligamento da plataforma, Galípolo reforçou que o projeto não foi abandonado pela autarquia. "Quando a gente tiver essa rede funcionando, a gente vai anunciar devidamente como vamos fazer. Entendemos que é necessário fazer uma mudança".

"A partir de agora, vai chegar mais rápido a possibilidade de utilizar a infraestrutura do Drex do que antes", afirmou. A fala de Galípolo indica que o Banco Central vai explorar outras tecnologias no esforço de criar a nova infraestrutura digital prometida para o mercado financeiro, aspecto central do Drex.

Ao que tudo indica, as alternativas não deverão se basear na tecnologia blockchain. Entretanto, a menção de Galípolo à tokenização de ativos aponta que a autarquia não descartou inteiramente a integração entre essa infraestrutura e o mundo dos criptoativos.

Galípolo também destacou que o Drex "não é aquilo que chamamos de Moeda Digital de Banco Central (CBDC) tradicional". Pela definição, toda CBDC é criada em uma rede blockchain, e o comentário reforça que o Drex não deve se basear necessariamente na tecnologia.

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