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FTX: Sam Bankman-Fried defendeu corretora falida (FTX/Reprodução)
Editor do Future of Money
Publicado em 31 de outubro de 2025 às 12h12.
Ex-CEO e fundador da FTX, Sam Bankman-Fried divulgou uma carta nesta sexta-feira, 31, em que afirmou que a corretora de criptomoedas "nunca foi insolvente" e poderia ter sobrevivido à crise enfrentada em 2022 sem declarar falência. Ele aproveitou para criticar os responsáveis por gerenciar a massa falida da exchange.
A quebra da FTX é considerada uma das maiores da história do mercado de criptomoedas, resultando em mais de US$ 8 bilhões em prejuízos para os seus clientes. Entretanto, Bankman-Fried afirma que o caso poderia ter sido diferente, com ressarcimento integral para os investidores.
Segundo o executivo, tanto a FTX quanto a Alameda Research, outra empresa de Bankman-Fried, estavam totalmente solventes e tinham os recursos necessários para pagar clientes e recuperar a liquidez da corretora de criptomoedas. Mas ele argumenta que não teve tempo para fazer isso.
A crise da corretora começou quando o mercado descobriu que a Alameda Research estava usando fundos de clientes para realizar investimentos arriscados em empresas de cripto. Temores sobre a situação dos recursos da FTX levaram a uma onda bilionária de saques.
Dias depois, Bankman-Fried acabou saindo do comando da exchange e advogados entraram com um pedido de falência. Entretanto, o executivo afirma que a crise de liquidez "poderia ter sido resolvida até o fim do mês se um conselho externo não tivesse assumido o controle da FTX".
Ele acusa os gestores da massa falida da empresa de terem "arruinado" os ativos da FTX. Um dos destaques foi o descarte de US$ 7 bilhões em unidades da criptomoeda nativa da exchange, a FTT. Bankman-Fried argumenta que, hoje, os ativos valeriam US$ 136 bilhões.
O executivo acredita que a falta de entendimento dos gestores sobre os ativos da exchange acabou levando à eliminação desse patrimônio. Na prática, ele argumenta que a imagem da FTX como um negócio insolvente e mal gerido seria falsa.
Os mesmos argumentos da carta foram apresentados por Bankman-Fried durante seu julgamento, mas não convenceram a Justiça norte-americana. O executivo está preso desde 2024 e foi condenado a 25 anos de prisão.
Entretanto, informações recentes indicam que Sam Bankman-Fried estaria recuperando esses argumentos como parte de um esforço para obter um perdão presidencial de Donald Trump. Neste mês, o presidente dos EUA perdoou Changpeng Zhao, fundador e ex-CEO da corretora Binance.
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