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Redação Exame
Publicado em 23 de agosto de 2025 às 09h30.
Ethereum (ETHUSD) é o centro das atenções no mundo cripto agora. Os preços subiram mais 3% na manhã de quinta-feira, ultrapassando US$ 4.750 e ficando a cerca de US$ 100 do recorde de 2021. Da última vez que o ether esteve nesse patamar, NFTs ainda faziam manchetes vendendo pedras pixeladas.
Desta vez o motor é diferente: a validação institucional está impulsionando o rali acelerado.
A faísca vem de uma mistura de movimentos de tesourarias corporativas com muito caixa, uma enxurrada de entradas em ETFs e um bilionário conhecido por apoiar tecnologia vencedora. Entra em cena o “Ether Peter”: Peter Thiel, cofundador de PayPal (PYPL) e Palantir (PLTR), que está apostando em empresas de tesouraria em Ethereum.
A manchete da semana é a ETHZilla, também conhecida como 180 Life Sciences (Nasdaq: ATNF). Em uma reviravolta digna de docussérie, a biotech da Califórnia abandonou os jalecos e se rebatizou como uma potência de tesouraria em Ethereum.
No início da semana, a ETHZilla anunciou a compra de 82.186 ETH a um preço médio de US$ 3.806,71, hoje avaliados em cerca de US$ 349 milhões. As ações triplicaram na terça-feira e o valor de mercado chegou a US$ 1,6 bilhão.
A transformação foi financiada com US$ 156 milhões em notas conversíveis e US$ 425 milhões por meio de colocação privada envolvendo mais de 60 investidores institucionais e nativos cripto.
O Founders Fund de Peter Thiel revelou participação de 7,5% na ETHZilla no mesmo período em que ocorreram as compras de ether.
Se a ETHZilla é a novata, a BitMine (BMNR) é a baleia do bairro. Esse gigante de tesouraria em Ethereum detém cerca de US$ 5 bilhões em tokens e protocolou documentos na SEC para potencialmente levantar mais US$ 24,5 bilhões.
A ambição é acumular 5% da oferta total de Ethereum, aproximadamente 6 milhões de moedas de ether, algo ao redor de US$ 26,5 bilhões aos preços de hoje. Em termos práticos, é como comprar uma fatia relevante da rede e ainda fazer staking depois.
O Founders Fund também tem peso aqui, com uma participação de 9,1% na BitMine. A aposta em Ethereum é clara.
O timing é favorável. Os ETFs à vista de Ethereum nos Estados Unidos estão batendo recordes, com mais de US$ 1 bilhão em entradas diárias pela primeira vez na semana passada. Desde 9 de abril, data vista por alguns como de libertação e por outros como de liquidação, o Ether (ETHUSD) saltou 240%, enquanto o Bitcoin (BTCUSD) subiu um relativamente modesto 60%.
O recado do mercado é direto: a altseason voltou ao cardápio.
Não é só o Ethereum que sobe. As altcoins surfam a maré:
O impulso veio após o lançamento do Chainlink Reserve, que já detém cerca de US$ 1,5 milhão em tokens LINK.
Quando as grandes alts se movem, as menores costumam seguir. Traders chamam de correlação, cínicos chamam de FOMO, ou "medo de ficar de fora" em português.
O valor de mercado do Ethereum está por volta de US$ 570 bilhões. A combinação de tesourarias corporativas, fluxos de ETFs e expansão da infraestrutura de DeFi forma um coquetel altista que não se via desde o último ciclo de altcoins.
Ainda assim, o preço do ether é fortemente guiado por momentum neste momento. A região de US$ 4.700 é uma barreira psicológica e um reteste de US$ 4.500 pode ocorrer antes de um rompimento para novas máximas.
Para quem pensa no longo prazo, a tese vai além dos gráficos. O foco é o papel crescente do Ethereum como ativo corporativo e institucional, um caminho inaugurado pelo bitcoin e que o ether pode estar refinando agora.
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