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Brasil está bem posicionado para atrair data centers de IA, afirma líder global da IBM

Em entrevista exclusiva à EXAME, Rohit Badlaney, líder da área de Cloud da IBM, falou sobre tendências na adoção corporativa da inteligência artificial

IBM: líder global fala sobre futuro da adoção corporativa de IA (IBM/Divulgação/Divulgação)

IBM: líder global fala sobre futuro da adoção corporativa de IA (IBM/Divulgação/Divulgação)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 9 de outubro de 2025 às 11h15.

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Países como o Brasil estão bem posicionados para atrair data centers com foco em inteligência artificial, conforme a adoção da tecnologia por empresas aumenta não apenas a demanda por essas infraestruturas, mas também a busca por locais com matrizes energéticas verdes. É o que afirma Rohit Badlaney, general manager global da IBM Cloud, em entrevista exclusiva à EXAME.

Badlaney afirma que o mercado de IA passa atualmente por um "movimento de sustentabilidade" para mitigar os impactos ambientais do consumo elevado de energia em torno do treinamento e funcionamento das ferramentas de IA. Com isso, há um esforço para buscar fontes sustentáveis de energia e inovações que reduzam o gasto energético.

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Para o executivo, isso faz com que países como o Brasil, que tem uma matriz energética sustentável, ganhem destaque na atração de data centers. No caso brasileiro, ele afirma que a existência de um "ecossistema financeiro vibrante, com fintechs e empresas bancárias" também aumenta essa atratividade.

Estratégia da 'multinuvem híbrida'

O líder global da IBM dedica-se à área de computação e armazenamento em nuvem, mas não fala de IA à toa. Badlaney afirma que a chamada "cloud" e a inteligência artificial estão "profundamento interligadas", e que os avanços técnicos da primeira viabilizaram a expansão da IA generativa.

"A computação em nuvem é um aspecto central. A infraestrutura é a base de tudo, e o mercado começa com a inovação nessa parte. Boa parte da engenharia, treinamento de IA está acontecendo primeiro na nuvem. Depois, na fase de produção, você decide se começa essas soluções uma nuvem pública ou privada", afirma.

O executivo é categórico: "Não chegaríamos onde estamos sem a computação em nuvem". E Badlaney ressalta que a nova tendência corporativa é a adoção de nuvens híbridas, em substituição ao uso de nuvens públicas. "Há muitos anos, se falasse que o mundo seria de nuvem híbrida, as pessoas ririam de você e diriam que a nuvem pública era a única solução".

"Elas oferecem poder computacional, armazenamento, tudo sem precisar gerenciar, mas aí as empresas perceberam que elas têm riscos de concentração, necessidades regulatórias, e aí passaram a precisar de vários fornecedores de nuvem e ambientes de nuvem", diz.

Por isso, o executivo da IBM vê um novo cenário corporativo: o de "multinuvens híbridas". Ou seja, uma combinação de diferentes nuvens, públicas e privadas, dependendo dos casos de uso e objetivos da empresa. Dessa novidade, surge também a necessidade de ter soluções eficientes de interoperabilidade entre diferentes nuvens.

Badlaney avalia que a mudança de mentalidade em torno da nuvem ainda varia de cliente em cliente. "Eu vejo um espectro. É verdade que a maioria não sabe usar isso do melhor jeito possível. O que nós propomos é uma abordagem de design, entender o fluxo de trabalho, aplicações, necessidades regulatórias, de segurança e de performance e aí criar um ambiente de nuvem híbrida".

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"Passamos muito tempo no design do fluxo,  algo de ponta a ponta, para lançar, automatizar, e o que descobrimos é que, com essa abordagem, nós conseguimos atender o que eles precisavam provar para os reguladores e dar resiliência, segurança, performance e compliance", explica.

O mais importante, defende, é a capacidade de "sair de silos" e aproveitar o que a nuvem oferece de melhor, em especial a sua segurança. "Por causa da replicabilidade da nuvem, sua automação extrema, é um ambiente de computação maduro".

Futuro com IA

Questionado sobre o futuro da inteligência artificial, Badlaney diz que está "encantado" com o grau de inovação que o setor tem registrado. "No início desse movimento, achávamos que os modelos de fronteira tomariam o controle do mundo, que a Nvidia seria a única fornecedora para as empresas de IA. Mas não. A competição começa a ganhar força em todas as camadas".

Na camada de infraestrutura, ele cita uma competição entre a própria Nvidia e empresas como a AMD e a Intel. "A competição é uma boa coisa, e temos visto muita competição", diz. Já na camada de software, o executivo vê uma demanda crescente por "modelos especializados para casos de uso específicos", o que ele vê como benéfico para empresas como a IBM

"Eu acho que teremos casos de uso mais focados, e automação e orquestração com agentes de IA. São coisas que vão ganhar uma grande tração", diz.

Em geral, o líder global da IBM vê duas categorias de clientes quando o assunto é a adoção da inteligência artificial. A primeiro representa clientes que "querem inovar rápido e não ligam para como esse ambiente vai ficar. Depois, percebem que tem que lidar com muita coisa mal feita. Você não quer ser esse cliente".

Já a segunda categoria reúne o que ele vê como o caso ideal: "A base é ter uma multinuvem híbrida, abordando questões de dependência, regulação e questões de segurança. E a abordagem para isso começa por saber o que precisa rodar, quais experiências quer criar e  fazer o design de forma apropriada e com automação".

Ele recomenda que as empresas "automatizem como loucas, mas também planejem como loucas. É precisam construir um ambiente de desenvolvimento, e depois vê a velocidade desse movimento. Se você acerta nesses aspectos, consegue deixar sua vida mais fácil e os resultados serão melhores".

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