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Bitcoin rumo aos US$ 150 mil? Entenda os principais gatilhos para novas altas

Entenda os principais gatilhos da nova pernada de alta, o impacto nas altcoins e como se posicionar para lucrar

 (Reprodução/Reprodução)

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FP
Felippe Percigo

Especialista em criptoativos

Publicado em 12 de julho de 2025 às 11h00.

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A semana foi do jeito que todo investidor de bitcoin gosta: rali de preço e mais um recorde de preço na conta.

Após quebras sucessivas de recorde nos últimos dias, o bitcoin cravou um novo topo histórico em US$ 118.856, segundo dados do CoinMarketCap, na sexta-feira, 11.

Vimos os institucionais mais fortes do que nunca no jogo, com entradas massivas nos ETFs à vista de bitcoin. E não para por aí. São muitas as variáveis se alinhando para impulsionar o preço para cima. Mais adiante, destaco 5 drivers-chave dessa nova pernada de alta.

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A ganância continua dominando o sentimento dos investidores e isso já reflete além-bitcoin. Prova disso é o avanço do ether, também impulsionado pelo apetite institucional. Os ETFs spot de ETH registraram a segunda maior entrada desde o lançamento do produto.

O que está contribuindo para as novas valorizações do bitcoin? Com a alta do ether, podemos avistar sinais de altseason?

5 catalisadores da nova pernada de alta

Todo esse movimento não acontece no vácuo. Há uma série de gatilhos por trás e o primeiro deles tem relação direta com o efeito dominó que acontece quando o mercado aposta pesado na direção errada.

1. Liquidações de posições vendidas

Traders que estavam apostando na queda do bitcoin foram liquidados em um grande "short squeeze". O termo é usado no mercado para descrever quando a pressão de compra força o fechamento em massa de posições vendidas. Esse movimento aconteceu em um período de apenas 24 horas, resultado de um rompimento de resistência técnica que limitava a evolução do preço nas últimas semanas.

Segundo o Coinglass, foram liquidados mais de US$ 1,25 bilhão em derivativos de bitcoin e outras criptos. Do total, US$ 1,12 bilhão veio de posições vendidas, sendo que só o bitcoin respondeu por US$ 656 milhões.

Esses episódios não acontecem por acaso. Eles são resultado do excesso de alavancagem por parte dos investidores e de movimentos de preço que vão contra as expectativas das posições vendidas, criando uma cascata de liquidações forçadas.

Mas as liquidações são só parte da equação. O segundo fator que amplifica esses movimentos é estrutural e tem a ver com a dinâmica de oferta e demanda.

2. Saída de bitcoin das exchanges

Os dados on-chain comprovam isso. Informações do CryptoQuant mostram uma forte retirada de bitcoin das exchanges, o que indica renovação na confiança dos investidores. A relação entre saídas e entradas caiu recentemente para 0,9, o menor nível desde o fim do bear market de 2022.

Isso significa que mais usuários estão transferindo seus ativos para carteiras próprias em vez de mantê-los nas corretoras. Na prática, é um indicativo de que a intenção é guardar e não vender no curto prazo. Assim, sobra menos moeda para quem deseja negociar e o preço encontra suporte numa base cada vez mais sólida, criando um terreno fértil para maiores valorizações.

3. Long‑term holders não estão vendendo

O cenário de oferta fica ainda mais evidente quando olhamos para os holders de longo prazo (LTHs). Hoje, mais de 80% de todo o bitcoin está nas mãos de quem não vende há pelo menos 155 dias, algo que aconteceu duas vezes na história do ativo e antecipou grandes valorizações.

Esses são os chamados mãos de diamante, que costumam acumular durante as quedas e ignorar a volatilidade de curto prazo.

A retenção maciça funciona como uma espécie de barragem: quando um grupo tão grande se recusa a vender, qualquer pressão de venda forte esbarra nesse volume parado. Resultado: a base de suporte do bitcoin fica ancorada em níveis cada vez mais altos.

Essa tendência, aliada ao apetite dos investidores institucionais, está drenando a liquidez do mercado. Com cada vez menos bitcoin circulando, qualquer aumento na demanda pode servir de gatilho para movimentos expressivos de preço.

4. ETFs à vista: segunda maior entrada de todos os tempos

O que nos leva ao nosso próximo fator. Os ETFs spot de bitcoin registraram a segunda maior entrada líquida em um só dia desde seu lançamento (janeiro de 2024). O total ficou na casa do US$ 1,17 bilhão, atrás apenas do recorde absoluto batido em novembro de 2024, quando Donald Trump foi declarado vencedor das eleições americanas.
O que isso significa?

Cada compra em um ETF retira instantaneamente ativos das exchanges, reduzindo o estoque disponível para venda e pressionando o preço para cima.

5. Cenário macro: menos ruído, mais paciência

No front macroeconômico, o mercado viu com alívio o adiamento das tarifas de Trump para agosto. A expectativa é que o presidente americano siga um padrão já conhecido, de primeiro tensionar a guerra comercial e, depois, negociar. Vamos observar.

Sobre os juros, a maioria do mercado aposta que a taxa atual será mantida (entre 4,25% e 4,50%) na reunião do FOMC no fim deste mês. O receio de inflação por causa das tarifas está segurando o Fed.

Os investidores, por sua vez, esperam um primeiro corte na reunião de setembro e um segundo em dezembro.

Recentemente, Trump exigiu cortes imnediatos nos juros e chegou a pedir a renúncia do presidente do Fed, Jerome Powell.

Ethereum e sinais de altseason

Enquanto o bitcoin domina, o ether também mostra sinais de força. Após meses de lateralização, o preço da cripto começa a se mover para cima, com importante apoio institucional. Os ETFs spot do ativo tiveram sua segunda maior entrada líquida em um só dia desde seu lançamento, ultrapassando US$ 380 milhões, na quinta (10).

Historicamente, a alta do ether costuma abrir espaço para uma valorização das altcoins. Algumas já estão apresentando altas, mas a maioria ainda opera muito abaixo de seus picos de 2021-2022. E preços descontados significam oportunidade de acumulação.

Neste ciclo de alta, acredito que não podemos esperar multiplicações explosivas como em ciclos anteriores, mas dá para lucrar, e lucrar bem, desde que você saiba escolher os ativos com estratégia.

O que você pode fazer agora

Fazer realizações de lucro escalonadas no bitcoin. Isso cria uma reserva para comprar altcoins sólidas que ainda estão descontadas. Procure projetos consistentes que podem se beneficiar quando o capital começar a migrar para as criptomoedas alternativas.

Não usar alavancagem. Cripto é volátil e evitar endividamento é preservar o seu capital. Quem se alavanca na euforia costuma ser liquidado nas correções.

Diversificação com bitcoin como foco. Mantenha sua carteira forte em bitcoin e diversifique o restante em ativos de qualidade e de diferentes setores.

Essas três estratégias ajudam a surfar o ciclo de alta sem se deixar levar pelo medo de ficar de fora (FOMO, na sigla em inglês) ou pela euforia excessiva de narrativas de curto prazo.

Rumo aos US$ 150 mil?

Juntando todos esses pontos, temos um cenário que historicamente indica novas pernadas de alta. Minha visão pessoal é otimista: acredito que seja realista vermos o bitcoin se aproximar dos US$150 mil em breve.

O mercado está mostrando força, mas, como sempre, paciência é o nome do jogo.

No mundo cripto, equilíbrio entre coragem para entrar e calma para segurar o ativo é tão importante quanto a própria tese de investimento. Quem dominar essa receita e souber navegar os riscos será recompensado.

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