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Bitcoin: criptomoeda teve forte queda em novembro (Reprodução/Reprodução)
Editor do Future of Money
Publicado em 24 de novembro de 2025 às 11h47.
O bitcoin caminha para terminar novembro com o seu pior desempenho mensal desde junho de 2022. Com uma queda acumulada de mais de 20%, a maior criptomoeda do mundo surpreendeu analistas e investidores com uma desvalorização intensa nos últimos dias, desencadeado principalmente por vendas de investidores de varejo.
Se a queda atual se confirmar, ela seria o terceiro pior desempenho mensal desde 2021, ano em que o ativo também chegou a cair mais de 30% em julho, em meio à pandemia de Covid-19.
Até o momento, a maior queda mensal da criptomoeda foi registrada como consequência do colapso do ecossistema Terra/Luna em maio de 2022, que resultou na quebra tanto da criptomoeda Luna quanto da stablecoin pareada ao dólar Terra. Os efeitos no mercado se estenderam para o mês de junho, com falências de outras empresas, e os preços tiveram forte queda.
No caso do bitcoin, as perdas foram de pouco mais de 40% apenas no mês de junho de 2022, além de uma queda de mais de 15% em maio. A criptomoeda teve uma recuperação no mês seguinte, subindo mais de 20%, mas acabou tendo novas quedas e terminando dezembro em baixa, após a falência da corretora de criptomoedas FTX em novembro.
O cenário do mercado cripto em 2025 é bastante diferente, sem grandes falências ou colapsos de projetos, com uma adoção institucional crescente e com um avanço regulatório considerado positivo para o setor. Entretanto, a combinação não foi suficiente para sustentar uma valorização prolongada dos criptoativos.
A queda do bitcoin começou no final de outubro, após o ativo cravar um novo recorde no início do mês em mais de US$ 125 mil. Inicialmente, a análise era de que o movimento seria uma típica correção de preço depois de uma alta intensa, com realização de lucros por parte de investidores. Mas o quadro se deteriorou rapidamente.
No acumulado dos últimos 30 dias, a criptomoeda acumula perdas de 22,9%, segundo dados da plataforma CoinGecko. Já nos últimos 12 meses, a queda é de 11,9%. Ou seja, o ativo já devolveu todos os ganhos registrados ao longo de 2025. E especialistas acreditam que a tendência de curto prazo não é de uma valorização significativa.
Segundo analistas, a queda intensa do bitcoin reflete, de um lado, uma aversão a riscos no mercado conforme investidores aguardam sinais mais concretos sobre a política de juros dos Estados Unidos, com uma incerteza sobre quantos cortes ocorrerão nos próximos meses e qual será a intensidade. Mas também houve um movimento específico do mundo cripto.
Investidores antigos da criptomoeda aceleraram um movimento de vendas intensas do ativo, realizando lucros. A decisão gerou um pessimismo generalizado no segmento de investidores de varejo e uma bola de neve de vendas. Nesse cenário, investidores institucionais também começaram a reduzir a exposição ao ativo, piorando o cenário.
Com isso, o bitcoin quebrou suportes sucessivos de preço, com cada queda mais expressiva levando uma nova parcela de investidores a se desfazer do ativo para reduzir o prejuízo. Após cair para US$ 80 mil, a criptomoeda teve uma recuperação parcial e é negociada agora na casa dos US$ 85 mil, indicando que alguns investidores aproveitam o momento para comprar o ativo em um preço mais favorável.
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