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Editor do Future of Money
Publicado em 27 de junho de 2025 às 16h20.
Última atualização em 27 de junho de 2025 às 17h02.
O bitcoin deve encerrar junho com a menor alta mensal desde julho de 2024. Considerando a cotação atual da criptomoeda, abaixo dos US$ 107 mil, o ativo caminha para uma valorização acumulada de menos de 2% no período, aquém das fortes valorizações registradas no ciclo atual.
Dados da plataforma Glassnode indicam que a causa por trás desse desempenho negativo é uma divergência entre as diferentes classes de investidores da criptomoeda. De um lado, investidores de varejo estão vendendo o ativo. Do outro, institucionais estão comprando.
Os dados da Glassnode indicam que, no varejo, tanto pequenos investidores quanto as chamadas "baleias" — que detêm montantes significativos de bitcoin — decidiram vender parte dos ativos ao longo do mês de junho. Com isso, o grupo acabou criando uma pressão de venda.
Ao mesmo tempo, investidores institucionais e mais tradicionais mantiveram fortes investimentos diários nos ETFs da criptomoeda negociados nos Estados Unidos. Neste mês, a categoria chegou a registrar uma sequência de 13 dias consecutivos de aportes, criando uma pressão de compra.
Os ETFs de bitcoin caminham para terminar junho com um acumulado de US$ 3,9 bilhões em aportes. Na prática, o movimento ligado aos ETFs foi ligeiramente mais intenso que o do varejo. Com isso, o bitcoin deve encerrar junho em alta, mas com um desempenho modesto.
É importante ressaltar, porém, que a criptomoeda veio de um mês de maio positivo. O ativo voltou a superar os US$ 100 mil e chegou a registrar um novo recorde de preço, em US$ 109,7 mil, no final do mês. Diante da forte alta, é natural que o mercado tenha um período mais estável, inclusive com realizações de lucro.
Ao mesmo tempo, junho foi marcado por um vaivém no preço do bitcoin, que inclusive caiu abaixo dos US$ 100 brevemente. O principal fator foi a escalada nos conflitos no Oriente Médio, que aumentaram fortemente a aversão a riscos no mercado.
Com uma desescalada nas tensões na região, em especial entre Irã e Israel, a criptomoeda encontrou espaço para recuperar boa parte das perdas, ajudando a evitar um saldo negativo em junho. Mesmo assim, a valorização mensal do ativo deve ser a menor de 2025. Entre janeiro e abril, o desempenho foi ainda pior, com saldos negativos e queda nos preços.
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