Edifício Pietro Mari: o processo de construção do prédio mais recente do Masp começou ainda em 2019. (Leonardo Finotti/Divulgação)
Repórter de Mercados
Publicado em 10 de junho de 2025 às 20h06.
Última atualização em 10 de junho de 2025 às 20h28.
O Masp (Museu de Arte de São Paulo) pode ficar ainda maior. Três meses após inaugurar um novo prédio, batizado de Edifício Pietro Maria, o museu está em tratativas avançadas para arrematar o terreno contíguo atrás do novo edifício, com um casarão onde hoje funciona um bar.
Segundo fontes ouvidas pela EXAME, a transação visa assegurar espaço para a expansão com uma eventual nova construção.
O plano é, futuramente, criar uma espécie de Quarteirão das Artes, com boulevard integrado à rua que liga ambos os edifícios já existentes e onde já está sendo cavado um túnel de 40 metros que vai unir tradicional prédio com vão suspenso que leva o nome da arquiteta Lina Bo Bardi e a unidade recém-inaugurada.
As conversas com a Prefeitura de São Paulo já estão caminhando, visto que a rua que separa as construções está interditada pela reforma do novo prédio e construção do túnel sem causar grande prejuízo ao trânsito do entorno da avenida Paulista.
Em nota, o Masp confirmou as tratativas para compra do terreno. "No entanto, não há planos imediatos para obras ou início de novas operações no local nos próximos anos", disse a instituição.
O processo de construção do prédio mais recente do Masp começou ainda em 2019. O projeto foi considerado, até então, o maior feito na história do museu desde sua mudança para a Paulista, em 1968, quando o edifício histórico projetado por Lina Bo Bardi foi inaugurado.
Com 14 andares e 7.821 metros quadrados, somado à recente concessão do belvedere (ou vão livre), o novo prédio inaugurado em março representa um expressivo crescimento da instituição: ela dobra a sua área de atuação de 10.485 metros quadrados para 21.863 metros quadrados.
Além disso, o Pietro Maria aumenta em até 66% os espaços expositivos do museu.
A construção foi totalmente financiada por doações de pessoas físicas, sem uso de leis de incentivo. Na época, foram doados R$ 250 milhões para a construção do segundo edifício do Masp.