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Temperatura média de 24,2 ºC marca o verão mais quente já registrado na Espanha

Cientistas alertam sobre o impacto crescente das mudanças climáticas em eventos climáticos extremos

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 16 de setembro de 2025 às 11h15.

A Espanha viveu seu verão mais quente já registrado, com uma temperatura média de 24,2 ºC, superando o verão de 2022 que detinha o recorde até agora, informou nesta terça-feira (16) a agência estatal de meteorologia Aemet.

"Trata-se do verão mais quente da série histórica", que começou em 1961, indicou em entrevista coletiva o porta-voz da Aemet, Rubén del Campo. Este verão superou em 0,1 ºC o de 2022, explicou o porta-voz.

O impacto das altas temperaturas

A Espanha, país europeu na linha de frente das mudanças climáticas, mostra a "tendência de verões muito mais quentes", destacou Del Campo, que detalhou que nove dos dez verões mais quentes desde que há registros ocorreram neste século.

O verão incluiu um mês de junho que foi "brutal" em termos de temperaturas, o mês com o "desvio" mais acentuado de toda a série desde 1961, com 3,6 ºC acima do normal, explicou.

Após um julho que trouxe algum alívio, agosto "novamente foi um mês extremamente quente", igualando ao ano de 2024 como o mais quente já registrado, indicou.

Onda de calor e incêndios florestais

Em agosto, ocorreu uma intensa onda de calor de 16 dias, "uma das mais importantes que afetaram a Espanha desde que há registros", disse Del Campo.

Essas altas temperaturas agravaram uma das piores ondas de incêndios florestais que assolou o país nos últimos anos, deixando quatro mortos e mais de 350.000 hectares queimados.

De fato, em grande parte do noroeste da Espanha, onde ocorreram os incêndios mais vorazes, "foi um verão muito seco ou até extremamente seco" e essa "combinação de altas temperaturas e pouquíssimas precipitações" gerou "condições meteorológicas muito favoráveis para" o fogo, declarou Del Campo.

O crescente impacto das mudanças climáticas

No total, dos 90 dias de verão, 33 deles ocorreram em meio a uma onda de calor, "ou seja, mais de um em cada três dias neste verão estivemos em uma situação de temperaturas extremas", disse o porta-voz da Aemet.

Até o século passado, as ondas de calor eram fenômenos "que aconteciam de forma mais esporádica", mas "agora o último verão em que não houve ondas de calor na Espanha foi em 2014", afirmou Del Campo.

Os cientistas alertam há anos sobre o impacto das mudanças climáticas nas ondas de calor, secas e outros fenômenos meteorológicos extremos, cada vez mais intensos e frequentes.

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