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Re.green recebe R$ 80 milhões para ampliar restauração florestal na Amazônia e Mata Atlântica

Empresa pioneira recebe selo “Verde Escuro” da S&P Global e avança na recuperação de 16 mil hectares

Thiago Picolo, CEO da re.green: "É um modelo replicável para transformar natureza em infraestrutura essencial para o país"

Thiago Picolo, CEO da re.green: "É um modelo replicável para transformar natureza em infraestrutura essencial para o país"

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 19 de maio de 2025 às 17h41.

A re.green, empresa brasileira especializada em restauração florestal em larga escala, anunciou o recebimento de R$ 80 milhões provenientes do Fundo Clima, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Este desembolso marca o avanço de uma operação iniciada há um ano, quando a companhia firmou o primeiro contrato de financiamento dentro do programa Arco da Restauração.

Os recursos serão destinados às atividades de restauração florestal nos biomas Mata Atlântica e Amazônia, abrangendo mais de 16 mil hectares em áreas consideradas prioritárias para mitigação climática, conservação da biodiversidade e desenvolvimento socioeconômico regional.

Pela primeira vez, uma rotulagem de biodiversidade foi aplicada diretamente a um projeto de restauração no país, com reconhecimento internacional pela S&P Global Ratings. O projeto da re.green recebeu a classificação "Verde Escuro", a mais alta na metodologia Shades of Green para avaliação de impacto ambiental.

"Estamos diante de um marco duplo: o uso de garantias privadas para destravar capital público e o reconhecimento técnico da restauração florestal como uma solução concreta para o clima, a biodiversidade e o desenvolvimento territorial", afirmou Thiago Picolo, CEO da re.green. "É um modelo replicável para transformar natureza em infraestrutura essencial para o país."

Avanço nas finanças sustentáveis

O financiamento é parte da estratégia do BNDES para o Fundo Clima, que busca apoiar projetos com benefícios ambientais mensuráveis, viabilidade econômica e impacto territorial positivo. A re.green é a primeira empresa a acessar esse mecanismo com foco específico em biodiversidade, respaldada por parecer técnico internacional.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou a importância da iniciativa: "A liberação de recursos do Fundo Clima para a restauração ecológica da Mata Atlântica e do Arco da Restauração mostra que temos uma potente ferramenta para viabilizar investimentos na recuperação de áreas degradadas no país, confirmando a grande potência deste Fundo disponibilizado pelo Presidente Lula e pelo Governo Federal para o BNDES combater de forma decisiva os efeitos das mudanças climáticas no nosso país".

Aplicação dos recursos e resultados já alcançados

O financiamento será utilizado especificamente para custear atividades de restauração florestal previstas no primeiro acordo entre a re.green e a Microsoft, voltado à geração de créditos de carbono de alta integridade. As ações incluem preparo do solo, plantio e manutenção de espécies nativas – incluindo aquelas ameaçadas de extinção – além de monitoramento com tecnologias avançadas como drones e LiDAR, sempre com o envolvimento direto das comunidades locais.

Atualmente, a re.green já coordena a restauração e conservação de mais de 26 mil hectares em áreas prioritárias da Amazônia e da Mata Atlântica. O trabalho resultou no plantio de mais de 4,5 milhões de mudas de mais de 80 espécies nativas, em parceria com 29 viveiros locais. As operações no campo geraram mais de 200 empregos diretos e promoveram a capacitação de cerca de 300 pessoas em atividades como coleta de sementes, prevenção de incêndios e meliponicultura.

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