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Pioneira à frente de plataforma de petróleo quer mais mulheres no setor

Há mais de 30 anos no setor, Cristina Pinho tem passagens pela Petrobras, Ocyan e pela Secretaria de óleo de petróleo e gás do Rio de Janeiro; executiva agora quer criar novas líderes no Brasil

Cristina Pinho, diretora executiva do IBP: maior participação feminina no setor de petróleo é ambição para os próximos anos (André Luiz Mello/IBP/Divulgação)

Cristina Pinho, diretora executiva do IBP: maior participação feminina no setor de petróleo é ambição para os próximos anos (André Luiz Mello/IBP/Divulgação)

Cristina Pinho passou a maior parte da carreira na indústria bilionária do petróleo. Foram mais de trinta anos à frente de diversos cargos na Petrobras, da qual se aposentou em 2018. Atualmente é diretora executiva corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e tomou para si a missão de levar o conhecimento estratégico e administrativo aos conselhos de grandes companhias do setor - mas sob o ponto de vista feminino.

Formada em engenharia mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pinho - que era uma das únicas entre as seis mulheres na turma de 90 pessoas - entendeu que a ausência de diversidade seria parte de seu dia a dia profissional desde o início. Para a entrada na estatal, a rotina da executiva ia de encontro com a realidade enfrentada por inúmeras mulheres: a multiplicidade de papéis. “Dividia meus dias entre cuidar de meu filho de 4 anos, acordar às 3h da manhã e estudar”, disse.

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A decisão atual por uma carreira dedicada aos conselhos de administração de grandes empresas do setor surgiu ainda em 2018, com a formação pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). A consolidação se deu em outubro do ano passado, com a entrada no conselho administrativo da Ocyan, braço de óleo e gás da Odebrecht, e que anunciou recentemente um grande acordo com a Petrobras.

Pinho foi a primeira mulher a controlar uma plataforma offshore no Brasil com mais de 100 homens embarcados, em posição de liderança em exploração e produção. Para ela, a presença de mulheres no setor de óleo e gás é algo que, embora pequena, tende a continuar em expansão, sobretudo devido à geração de empregos em setores em ascensão, como o das energias renováveis.

Para acelerar essa transição, criou em 2019 o Comitê de Diversidade de gênero do IBP e coordena um programa de mentoria para formar líderes femininas no setor. Em duas edições, já foram mais de 20 mentoradas e já são mais de 40 indicadas para a edição de 2021. O programa consiste em 10 encontros em um período de 1 ano, além de seminários e palestras.

Durante os encontros, as mentoras aprendem sobre vieses inconscientes, lacunas de diversidade nas empresas e sobre como lidar com os desafios no ambiente de trabalho majoritariamente masculino.  “Nosso objetivo é fomentar a troca de vivências e formar líderes do futuro, sejam elas sêniores ou jovens”, diz.

Pela primeira vez, o programa também terá homens como mentores. “Assim podemos contribuir para que os homens também entendam como é importante ampliarmos essa visão e auxiliem mulheres a partir da percepção de seus próprios vieses e compreensão do seu papel nessa transformação”, diz.

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