ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Como o Rock the Mountain zerou carbono e ganhou selo ESG

Festival no Rio de Janeiro se torna um dos quatro no Brasil a conquistar certificação internacional de sustentabilidade e referência em acessibilidade e combate ao assédio

Em sua nona edição, RTM conta com seis dias de programação no Rio de Janeiro e um line-up nacional e internacional (Divulgação)

Em sua nona edição, RTM conta com seis dias de programação no Rio de Janeiro e um line-up nacional e internacional (Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 1 de novembro de 2025 às 14h00.

Grandes eventos podem ser sinônimo de sustentabilidade?O Rock the Mountain quer provar que sim.

Em 2025 o festival em Petrópolis, no Rio de Janeiro, reforça seu compromisso ESG neutralizando totalmente suas emissões de carbono e conquista a certificação ISO 20121 – a principal do setor e um marco que chancela os esforços em gerenciar de forma responsável os impactos ambientais, sociais e econômicos em megaeventos. 

Serão dois finais de semana e mais de 100 artistas divididos em 11 palcos, com artistas renomados como Caetano Veloso, L'Impératrice, Criolo, BK, Banks, Chet Faker, Liniker, BaianaSystem, Ney Matogrosso, Gloria Groove e João Gomes.

A neutralização de 3 mil toneladas de CO2 será feita através da parceria com a Gás Verde, maior produtora de biometano da América Latina, combustível 100% renovável produzido a partir de resíduos provenientes de aterros sanitários.

Neste ano, a praça de alimentação também se mantem 100% vegetariana, incluindo o backstage dos artistas, reduzindo drasticamente o impacto. Bebedouros espalhados pelo evento oferecem água gratuita ao público, promovendo hidratação consciente.

No Brasil, apenas quatro alcançaram o selo de sustentabilidade: Rock the Mountain, Rock in Rio, The Town e LIESA/Carnaval Rio de Janeiro.

"Desde que nasceu, há um cuidado em ser inclusivo, abrangente e ter um olhar atento ao que está acontecendo no Brasil e no mundo", destacou Ricardo Bräutigam, sócio-criador do Rock the Mountain.

Os números impressionam: mais de 2.500 toneladas de emissões de gases de efeito estufa foram neutralizadas no último ano e 96% dos resíduos desviados de aterros sanitários.

"Não é somente um selo, é um modo de pensar. É assim que queremos construir o futuro dos festivais", acrescentou Ricardo Bräutigam, sócio-criador do Rock the Mountain.

Outra iniciativa é a renovação da certificação Lixo Zero, em direção ao seu compromisso com a gestão responsável de resíduos.

Legado ambiental na gestão de resíduos

Em 2024, o festival alcançou 75,6% dos indicadores de sustentabilidade e desviou 96% dos resíduos do aterro. "Em 2025, com a ISO 20121:2024 como bússola, processos sólidos e auditáveis convertem diretrizes em entrega comprovável", disse Ana Paula Vieira, sócia-diretora da Boomerang Soluções Ambientais, consultora de sustentabilidade há cinco edições.

Outras iniciativas em gestão ambiental incluem:

  • Cenografia que reutiliza 80% dos materiais de edições anteriores;
  • Reciclagem de óleo vegetal transformado em sabão para famílias do projeto Incluir Petrópolis;
  • Campanha Meia Solidária que arrecada mais de 15 toneladas de alimentos anualmente;
  • Espaços Social Hub e Eco Hub dedicados a projetos socioambientais locais;
  • Melhorias permanentes no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes;

Pioneirismo no combate ao assédio e acessibilidade

Um dos destaques em 2025 é se tornar o primeiro festival do estado do Rio a assinar o "Pacto Ninguém se Cala", do Ministério Público, visando o combate ao assédio em eventos.

 O projeto conscientizar e enfrentar a violência contra a mulher, com protocolos para proteção e auxílio em situação de risco.

Pelo segundo ano consecutivo, também quer expandir o impacto social e oferece Sala de Descompressão para pessoas com TEA ou em crise sensorial. A novidade é a ampliação do espaço, que agora conta com 10 profissionais de psicologia e terapia ocupacional.

No pilar da inclusão, também há a tradução em libras nos três palcos principais, audiodescrição nos palcos Estrela e Floresta, fones de abafamento de ruídos, espaços PCD com vista privilegiada, cardápio com audiodescrição via QR Code e equipe especializada de suporte.

Em diversidade, o line-up deve ser compostos por, pelo menos, 50% de mulheres. Além disso, a ideia é democratizar e a marca destina 500 ingressos para a Prefeitura de Petrópolis distribuir mirando alcançar um público maior.

Acompanhe tudo sobre:ESGSustentabilidadeClimaMudanças climáticasCarbonoEmissões de CO2Pegada de carbono

Mais de ESG

Reconstrução e resiliência climática: as lições do RegeneraRS

Cresce presença feminina e negra em campanhas de grandes marcas, diz estudo

NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS: a jornada ESG do Sebrae para pequenos negócios

Carbono da Amazônia: a solução está entre o rio e o mar, diz pesquisa