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R$ 7 bi em perdas: setor de infraestrutura muda rota na COP30

Estudo lançado pelo MoveInfra aponta entraves regulatórios e financeiros para o avanço da resiliência nas concessões logísticas

O estudo ainda traz exemplos de boas práticas já utilizados em outros países, como títulos contra catástrofes (Leandro Fonseca /Exame)

O estudo ainda traz exemplos de boas práticas já utilizados em outros países, como títulos contra catástrofes (Leandro Fonseca /Exame)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 12h53.

Última atualização em 12 de novembro de 2025 às 15h02.

Desde as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, o setor de infraestrutura de transportes entende o papel da adaptação como forma de prevenção aos desastres climáticos. Segundo o governo gaúcho, as perdas estimadas do setor por conta da chuva extrema foram de R$ 7 bilhões.

Segundo o Movimento da Infraestrutura (MoveInfra), a mitigação dos impactos climáticos segue essencial, mas ampliar a resiliência se tornou inevitável para reduzir os custos sociais e fiscal da crise do clima.

O Movimento publicou um estudo sobre as oportunidades de adaptação no setor de infraestrutura logística nesta terça-feira, 11, segundo dia da COP30 em Belém.

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O estudo aponta seis frentes para agilizar a regulação e atingir maior eficiência, como prevenção climática, priorização de risco, compartilhamento de risco, fomento a pesquisa e desenvolvimento, mecanismos financeiros e governança de resiliência.

De acordo com o estudo, a criação de planos de gestão de desastre são chave para que o setor avance na adaptação das duas estruturas. O maior entendimento sobre os riscos enfrentados também é essencial para enfrentar melhor os riscos, como incêndios, alagamentos, seca, aumento da temperatura, deslizamentos e mudanças no nível do mar.

Ronei Glanzmann, CEO do MoveInfra, afirmou durante o evento que o mapeamento prepara as concessionárias para que não dependam do equilíbrio econômico-financeiro, especialmente depois das tragédias.

“O tema ainda é muito novo ao setor. Precisamos acelerar esse processo para que tenhamos contratos mais resilientes e com mecanismos mais inteligentes de respostas às emergências”, explica.

Desafios para a adaptação

Entre os principais obstáculos para a adaptação do setor de infraestrutura contra as mudanças climáticas são marcos regulatórios e normativos que por vezes atrasam o trabalho das companhias contra as mudanças do clima.

Segundo o material, a falta de capacitação técnica do setor sobre esse tema também é um dos impedimentos, além dos mecanismos de financiamento e incentivos falhos.

Glazmann ainda afirmou que os casos de destruição de cidades exigem que as infraestruturas sejam feitas com maior proteção, para evitar que os próximos casos das mudanças climáticas extremas voltem a causar prejuízos e destruições.

O estudo ainda traz exemplos de boas práticas já utilizados em outros países, como os cat bonds, uma espécie de títulos contra catástrofes que foi implementada no exterior.

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