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Com design regenerativo, Together Band quer apoiar comunidades indígenas e a bioeconomia

Marca lança pulseiras feitas por comunidades indígenas para gerar impacto econômico e ambiental

Lançamento quer apoiar 5.000 artesãos indígenas até 2030, impactando diretamente cerca de 30.000 pessoas (Leandro Fonseca/Exame)

Lançamento quer apoiar 5.000 artesãos indígenas até 2030, impactando diretamente cerca de 30.000 pessoas (Leandro Fonseca/Exame)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 12 de setembro de 2025 às 08h15.

No dia 5 de setembro, que marca o Dia da Amazônia e o Dia Internacional da Mulher Indígena, foi lançada a campanha “Somos Todas Florestas”, uma iniciativa da Together Band, companhia de design sustentável, em parceria com organizações como Conservation International, Amazon Watch e associações indígenas.

O símbolo da campanha é uma pulseira criada pelas comunidades Yawanawá, feita com materiais sustentáveis, como sementes de açaí, metal reciclado de armas ilegais encontradas na Amazônia e plástico oceânico.

Para Cameron Saul, fundador da Together Band, a peça representa a conexão entre a cultura indígena e a sustentabilidade, gerando renda e arrecadando fundos para a Associação Sociocultural Yawanawá, que lidera o desenvolvimento sustentável das comunidades.

O objetivo da campanha é colocar os povos indígenas no centro do debate sobre a preservação da biodiversidade e o enfrentamento das mudanças climáticas, reconhecendo o papel dessas comunidades na proteção dos ecossistemas.

Liderança indígena

A campanha visa, principalmente, destacar a importância da liderança indígena em um momento crítico para o futuro do planeta. “Queremos criar habilidades para comunidades indígenas e mulheres em vulnerabilidade, usando a criatividade e a cultura como instrumentos para inspirar pessoas a agir”, explica Saul.

A cada pulseira vendida são doadas três refeições para comunidades indígenas e uma árvore é reflorestada. A ideia é dar mais capacidade da floresta se manter de pé, trabalho que começa com os povos que residem nela.

“Se queremos proteger a natureza, precisamos empoderar economicamente aqueles que a protegem”, afirma o fundador. “Com a prosperidade desses povos, podemos defender a floresta, preservar a biodiversidade e apoiar mais comunidades indígenas.”

Tashka Yawanawá, líder da comunidade Yawanawá, afirma que o projeto ajuda a reconhecer que o povo indígena possui a habilidade de negociar, vender e criar economia a partir da floresta. “Queremos pensar em projetos que protejam o meio ambiente, valorizem a espiritualidade e nossa cultura”, explica.

Laura Yawanawá, também líder, disse que o trabalho ainda ajuda na garantia de empoderamento para mulheres da comunidade. “A ponte com a iniciativa privada e os povos indígenas ajuda no letramento de fazer negócios, entendendo nossas dificuldades e enxergando mais possibilidades. Para as mulheres, isso mostra que tudo é possível para nós”, conta.

Proteção da Amazônia

A ministra dos povos indígenas, Sonia Guajajara (PSOL) também participou do evento de lançamento da campanha. Guajajara explica que o ambientalismo há algumas décadas se concentrava na proteção das árvores e dos biomas, cenário que hoje foi expandido para pensar no bem-estar e na qualidade de vida das populações.

A cada venda, uma árvore é plantada e três refeições são distribuídas para mulheres indígenas em vulnerabilidade (Daniel Pinheiro/Divulgação)

“Fazemos um contraponto à economia que só destrói, seja pela bioeconomia, pela geração de renda protegendo o meio ambiente ou projetos de reflorestamento. No ano que recebe a COP30, ações que centralizem esses esforços nos povos indígenas são essenciais”, explica.

Além de sensibilizar para as questões ambientais, o projeto também visa fortalecer a economia local, com o objetivo de apoiar 5.000 artesãos indígenas até 2030, impactando diretamente cerca de 30.000 pessoas.

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