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Banco da Amazônia inaugura centro cultural em Belém como legado da COP30

Com investimento de R$ 20 milhões, espaço abre as portas com exposições internacionais e produção artística local: 'É uma reconciliação social e com o meio ambiente', disse o presidente à EXAME

BASA inaugura centro cultural em Belém (Sofia Schuck)

BASA inaugura centro cultural em Belém (Sofia Schuck)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 11 de outubro de 2025 às 14h00.

Última atualização em 11 de outubro de 2025 às 14h04.

*De Belém do Pará

Belém acaba de ganhar o Centro Cultural Banco da Amazônia (CCBA), um complexo cultural de mais de 4 mil metros quadrados localizado na sede do banco, na avenida Presidente Vargas.

O espaço chega para integrar o circuito cultural da capital paraense ao lado do Theatro da Paz e o cinema Cine Olympia, o mais antigo em funcionamento no Brasil.

Com investimento de R$ 20 milhões, será o primeiro centro dedicado às artes criado e financiado por um banco na região amazônica e um legado da COP30.

A infraestrutura, projetada para receber exposições de padrão internacional, conta com três andares de galerias de arte, seis salas multiuso para oficinas, biblioteca, auditório, sala audiovisual e uma sala de inteligência artificial.

Em entrevista à EXAME, o presidente do Banco da Amazônia destacou que é uma entrega com características técnicas para receber qualquer exposição de nível internacional.

"Ainda mais neste ano de COP30, é uma retribuição à sociedade. Isso está diretamente ligado à nossa estratégia de promover o desenvolvimento da região, e a cultura também faz parte", destacou.

A mostra inaugural escolhida carrega forte simbolismo. "Mandela - Ícone Mundial de Reconciliação", exposição multimídia sobre o líder sul-africano Nelson Mandela, ficará em cartaz até 30 de novembro, com entrada gratuita.

Promovida pelo Instituto Brasil África (IBRAF) em parceria com a Fundação Nelson Mandela de Joanesburgo, já passou por Brasília e São Paulo, reunindo milhares de visitantes.

"Nelson Mandela representa a luta e reconciliação, tema muito importante no momento que estamos vivendo, não só pela questão social, mas também pela COP, em reconciliação com o meio ambiente", analisou Lessa.

Para João Bosco Monte, fundador e presidente do IBRAF, o lançamento com Mandela é uma oportunidade única.

"A exposição revela não só o líder e estadista, mas também o homem comum, de vida cotidiana. Ao mostrar suas múltiplas facetas, aproximamos sua trajetória da nossa realidade e lembramos que grandes feitos podem partir de pessoas comuns", acrescentou.

A programação já tem calendário definido para os próximos meses. No dia 26 de outubro começa uma exposição vinda de Paris, no segundo andar. Em dezembro, o terceiro andar será inaugurado com uma mostra da artista nipo-brasileira Tomie Ohtake, uma das mais importantes pintoras do modernismo brasileiro.

Ruth Helena Lima, gerente de Marketing e Comunicação do Banco da Amazônia, destaca o papel educativo do espaço.

"O centro inaugura com papel fundamental na educação e na formação de público, democratizando o acesso à arte e estimulando o pensamento crítico. É um espaço de expressão e consolidação da identidade amazônica", disse.

Hub de produção cultural amazônica

O espaço foi concebido para funcionar como um hub cultural, combinando grandes exposições internacionais com a produção artística local.

"É um legado que deixamos para Belém e a Amazônia, que funcionará como um hub para produção cultural", disse o presidente.

A estrutura completa, de 4 mil metros quadrados, será liberada de forma escalonada. Dois andares estarão prontos até a grande conferência do clima da ONU, enquanto o terceiro pavimento será inaugurado no início de dezembro.

Mandela abre programação com mensagem de reconciliação

Com 50 painéis fotográficos e instalação audiovisual, a exposição percorre a trajetória do líder sul-africano – da infância no interior da África do Sul à luta contra o apartheid, os 27 anos de prisão e a histórica eleição como primeiro presidente negro do país.

"O Banco da Amazônia fortalece a conexão entre o Brasil e a África por meio da história de um líder que assumiu compromisso inarredável com a justiça e dedicou a vida à luta contra o racismo", afirmou Lessa.

No dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, serão promovidas atividades educativas especiais para conectar o legado de Mandela às lutas históricas do povo negro no Brasil.

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