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Setor de consórcios avança como alternativa de crédito para brasileiros

Somente em maio foram 464,82 mil cotas comercializadas, a maior dos últimos dez anos

Dificuldade de uma paz duradoura pode levar a aumento no preço da commodity (AlexRaths/Thinkstock)

Dificuldade de uma paz duradoura pode levar a aumento no preço da commodity (AlexRaths/Thinkstock)

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Publicado em 28 de junho de 2025 às 09h59.

Com o patamar da taxa básica de juros em dois dígitos, cada vez mais os brasileiros têm optado por investir em cartas de crédito para ter acesso a bens como imóveis e veículos. 

Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), o setor vem batendo recordes de vendas neste ano.

Somente em maio foram 464,82 mil cotas de consórcios comercializadas, a maior dos últimos dez anos. Houve ainda bons desempenhos setoriais para veículos leves, motocicletas, veículos pesados, imóveis, serviços, eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis. 

Com a alta de 16,6% do tíquete médio de maio de 2024 que saltou de R$ 83,74 para R$ 97,60 no mesmo mês deste ano, a soma dos negócios chegou a R$ 186,55 bilhões de janeiro a maio, 32,6% maiores que os R$ 140,71 bilhões em idêntico período de 2024.

Como decorrência dos resultados positivos, a quantidade de brasileiros participantes chegou a 11,73 milhões, o que significa um crescimento de 10,8% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Participação por setor    

Historicamente, a criação de consórcios remete aos anos 1960, quando a indústria automobilística se instalava no Brasil. Na ocasião, a ausência de linhas de crédito para compra dos primeiros automóveis propiciou a criação da modalidade. A alternativa, genuinamente brasileira, abriu um caminho mais simples e econômico para o consumidor conquistar os objetivos de aquisição ou troca de automóvel.   

Nos dias de hoje, na distribuição por setores dos mais de dois milhões de cotas vendidas acumuladas nos cinco meses do ano, 814,47 mil foram para veículos leves; 591,69 mil em motocicletas; 491,50 mil em imóveis; 83,47 mil em veículos pesados, 65,66 mil em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 24,24 mil em serviços

Nos cinco meses, assinalaram avanços nas comercializações de cotas eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 115,2%; imóveis, com 44,7%; serviços, com 21,9%; veículos leves, com 15,1%; e motocicletas, com 9,4%. Somente um apontou retração: veículos pesados, com -12,9%.

“Nos cinco meses deste ano, os indicadores do Sistema de Consórcios [que reúne informações sobre empresas administradoras] demonstraram o quanto o consumidor acredita que planejar as finanças pessoais devem considerar o consórcio como melhor alternativa para aquisição de bens ou contratação de serviços. Ao aplicar os fundamentos da educação financeira, o brasileiro, cada vez mais, vem aderindo”, observa Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac. “A exemplo de meses anteriores, os recordes conquistados refletem a busca crescente da modalidade, especialmente quando, dentro do orçamento, considera uma parcela para investimento, pensando no futuro pessoal, familiar, ou profissional”, conclui Rossi. 

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