Economia

Volume de vendas do varejo paulista sobe pela 1ª vez em 30 meses

Fatores como a recomposição da renda, a queda dos juros e a aplicação do FGTS inativo no comércio contribuíram para o resultado positivo

Varejo: houve crescimento de 0,8% em junho (Foto/Thinkstock)

Varejo: houve crescimento de 0,8% em junho (Foto/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 16h26.

O volume de vendas do varejo no estado de São Paulo aumentou 0,8% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Esta é a primeira vez em 30 meses que o varejo paulista registra saldo positivo, de acordo com pesquisa ACVarejo, feita pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

No primeiro semestre de 2017, houve crescimento de 0,3% em relação aos primeiros seis meses de 2016.

"As quedas vinham diminuindo mês a mês e o varejo paulista chegou à estabilidade, confirmando a recuperação do setor. A direção está apontada para crescimentos mais vigorosos no último quadrimestre do ano, com a continuidade da queda dos juros, a diminuição do desemprego e a recomposição do poder aquisitivo das famílias", disse o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti.

A pesquisa é feita com base nos dados do varejo ampliado, que inclui concessionárias de veículos e lojas de material de construção.

Também entram no levantamento os setores de autopeças e acessórios, farmácias e perfumarias, lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, lojas de móveis e decorações, lojas de vestuário, tecidos e calçados, outros tipos de comércio varejista e supermercados.

Segundo Burti, quatro fatores contribuíram para a melhora do comércio varejista em São Paulo: a recomposição da renda, em decorrência da redução da inflação; a queda dos juros, proporcionando prazos de financiamento mais extensos; a aplicação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) inativo no comércio; e a menor base de comparação de 2016.

De acordo com a pesquisa, na comparação com junho do ano passado, quatro das nove atividades registraram elevação no volume de vendas, sendo que o maior crescimento foi observado no setor de lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos (21,9%); seguido por móveis e decorações (10,2%); concessionárias de veículos (7,7%) e autopeças e acessórios (6,7%).

No sentido contrário, registraram taxas negativas as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,9%); outros tipos de comércio varejista (-6,5%); lojas de material de construção (-3,1%); supermercados (-0,7%) e farmácias e perfumarias (-0,4%).

Dez das 16 regiões avaliadas pelo levantamento em junho tiveram aumento nas vendas do varejo quando comparadas a junho de 2016, com destaque para Jundiaí (8,3%), Campinas (5,7%) e Araçatuba (4,6%).

Quando analisadas as vendas no primeiro semestre, as maiores altas foram em Jundiaí (6,9%), Sorocaba/Vale do Paranapanema (4,3%) e Ribeirão Preto/Baixa Mogiana/Franca (3,7%).

Acompanhe tudo sobre:São Paulo capitalVarejoVendas

Mais de Economia

Senado aprova em 1º turno projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Moraes mantém decreto do IOF do governo Lula, mas revoga cobrança de operações de risco sacado

É inacreditável que Trump esteja preocupado com a 25 de Março e Pix, diz Rui Costa

Tesouro: mesmo com IOF, governo precisaria de novas receitas para cumprir meta em 2026