Economia

UE e China concordam em retirar barreiras para acesso a mercados

Primeiro-ministro chinês e presidente da Comissão Europeia tiveram encontro nesta terça, 9, em Bruxelas

Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, concordaram em retirar barreiras, para que possam ter acesso aos mercados de cada lado (Stephanie Lecocq/Reuters)

Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, concordaram em retirar barreiras, para que possam ter acesso aos mercados de cada lado (Stephanie Lecocq/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de abril de 2019 às 13h20.

Última atualização em 9 de abril de 2019 às 14h54.

São Paulo — Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker afirmou nesta terça-feira, 9, que a União Europeia e a China concordaram em retirar barreiras, para que possam ter acesso aos mercados de cada lado. A declaração foi dada em entrevista coletiva, após reunião de cúpula entre as partes, com a presença do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang. No evento, não foram detalhadas quais seriam essas barreiras retiradas.

A mudança é considerável na postura de Pequim e vem na esteira de ofertas semelhantes pedidas aos Estados Unidos, e pode sinalizar uma abertura que empresas europeias vêm pleiteando há tempos.

Juncker disse também que o governo chinês concordou "explicitamente" em evitar a transferência forçada de tecnologia. Segundo ele, o investimento europeu na China aumentou em 2018, mas é possível conseguir resultados melhores. A autoridade enfatizou ainda a necessidade de "reciprocidade" na relação bilateral.

De acordo com Juncker, a UE não tem nenhum país específico como alvo na questão da transferência de tecnologia, mas sim combinar segurança e inovação, lado a lado.

Até o acordo acontecer, empresas estrangeiras precisavam compartilhar informações sensíveis quando operavam na China.

Governos ocidentais se queixam há tempos de que suas empresas sofrem pressões para ceder conhecimento tecnológico a parceiros de empreendimentos conjuntos, autoridades ou agências reguladoras como condição para fazer negócios na China.

Subsequentemente, a tecnologia é usada por concorrentes chineses, prejudicando firmas ocidentais, diz a UE, que teme um domínio chinês em indústrias estratégicas.

"Empresas europeias terão um tratamento igual", disse Li em uma coletiva de imprensa após a reunião de três horas em Bruxelas, propondo criar um mecanismo de solução de disputas para tratar de queixas de companhias estrangeiras na China.

Tusk disse ter sido a primeira vez que a China aceitou se envolver em debates sobre reformas das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), "essa prioridade central para a Europa".

A China também concordou em abordar os receios da UE sobre subsídios estatais a empreendimentos industriais.

"Os dois lados intensificarão os debates com o objetivo de fortalecer as regras internacionais sobre subsídios industriais", disseram as duas potências comerciais globais no comunicado final da cúpula.

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