Agência de notícias
Publicado em 30 de junho de 2025 às 10h32.
O setor público consolidado registrou um déficit primário (quando se desconta o pagamento dos juros da dívida) de R$ 33,7 bilhões em maio deste ano, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira, 30.
O resultado é 47% menor do que o déficit de R$ 63,9 bilhões registrado em maio do ano passado.
Os dados do setor público consolidado levam em conta os resultados fiscais de União, estados, municípios e empresas estatais (exceto setor financeiro e Petrobras).
O resultado refletiu os déficits de R$ 37,4 bilhões do governo federal e de R$ 926 milhões das estatais, enquanto os estados e municípios registraram superávit de R$ 4,5 bilhões.
Em doze meses, o setor público consolidado acumulou superávit de R$24,1 bilhões, o que representa 0,20% do PIB.
Ao se considerar o critério nominal, que engloba as despesas com juros da dívida pública, o déficit foi de R$ 125,9 bilhões em maio.
O BC ainda divulgou o número da dívida bruta do Brasil em maio, que voltou a subir e atingiu R$ 9,3 trilhões, o que equivale a 76,1% do PIB, um crescimento de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior.
O cálculo leva em conta o governo federal, INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e governos estaduais e municipais. Este é um dos principais indicadores econômicos observados pelos investidores na avaliação da saúde das contas públicas.
Segundo o BC, a variação mensal da dívida bruta foi puxada para cima pelos juros nominais apropriados (alta de 0,8 ponto percentual) e pelas variação do PIB nominal, que teve redução de 0,6 ponto percentual.
Enquanto isso, a dívida líquida, que desconsidera os ativos do governo, subiu a 62% do PIB em maio, um crescimento de 0,5 ponto percentual em comparação com o mês anterior.