Economia

OCDE propõe ao G-8 avanços contra evasão fiscal

Conforme a OCDE, um modelo de acordo para ativar a troca automática entre os signatários "pode estar disponível a partir da segunda metade de 2013"

O presidente francês François Hollande (E) e o presidente russo Vladimir Putin (D) na Irlanda do Norte em 17 de junho (AFP / Ian Langsdon)

O presidente francês François Hollande (E) e o presidente russo Vladimir Putin (D) na Irlanda do Norte em 17 de junho (AFP / Ian Langsdon)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 07h28.

Enniskillen - Avanços cruciais para estabelecer uma troca automática de informações em nível global podem ser postos em prática até meados de 2014, de acordo com um relatório entregue nesta terça-feira pela Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) aos líderes do G-8, reunidos na Irlanda do Norte.

Neste documento, intitulado "Uma guinada para a transparência fiscal" (em tradução livre), a OCDE identifica quatro etapas "para poder instaurar um sistema verdadeiramente multilateral seguro e eficaz em termos de custos da troca automática dos sistemas de informações fiscais".

A primeira é a adoção de uma legislação-quadro de ampla envergadura para facilitar a extensão da rede em nível mundial. Segundo a OCDE, esse passo pode ser dado "bem rápido e em muitos casos a partir de 2013".

A segunda etapa é a definição de uma base jurídica para a troca de informações. A organização acredita que sua própria convenção multilateral sobre a assistência administrativa mútua em matéria fiscal poderá servir como fundamento.

Conforme a OCDE, um modelo de acordo para ativar a troca automática entre os signatários "pode estar disponível a partir da segunda metade de 2013".


A terceira etapa diz respeito à harmonização das obrigações de informação. Diretrizes nesse sentido podem estar finalizadas até meados de 2014.

Já a última etapa trabalha com a definição de normas e padrões comuns, ou compatíveis. A expectativa é que essa fase seja concluída até o final do ano.

No comunicado, o secretário-geral da organização, Angel Gurria, defendeu "um sistema que seja ao mesmo tempo seguro e eficaz em relação ao seu custo e que se baseie em uma norma única em escala mundial para a troca automática de informações".

O G-8, que reúne das grandes potências industriais (EUA, Japão, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Itália, Canadá e Rússia) e está sob a presidência britânica, fez da luta contra a evasão fiscal uma prioridade deste ano.

Acompanhe tudo sobre:ImpostosLeãoPolítica fiscalOCDESonegação fiscalG7 – Grupo dos Sete

Mais de Economia

Milei afirma que Argentina está negociando novo empréstimo com o Tesouro dos Estados Unidos

Sindicato convoca assembleias regionais contra mudança no estatuto do IBGE

Operação Cadeia de Carbono ataca fraudes já estruturadas no país, diz ministro Fernando Haddad

Receita deflagra operação contra lavagem de dinheiro e fraudes no setor de combustíveis