Economia

Governo precisa destravar emendas para votar reoneração, diz deputado

O vice da Câmara sugeriu que, ao regularizar os recursos empenhados, o Palácio do Planalto poderá ter o apoio necessário para votação do projeto

Câmara: "O governo tem de reagrupar a base de novo" (foto/Agência Brasil)

Câmara: "O governo tem de reagrupar a base de novo" (foto/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2018 às 16h23.

Brasília - O vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), disse que fará uma reunião da bancada mineira nesta tarde de quarta-feira, 21, para discutir o posicionamento do bloco sobre o projeto que acaba com a desoneração da folha de pagamento.

Ramalho reclamou que o governo vem represando o pagamento de emendas e sugeriu que, ao regularizar os recursos empenhados, o Palácio do Planalto poderá ter o apoio necessário para votação do projeto.

"O governo tem de reagrupar a base de novo. Tem muito empenho, mas tem de fazer os pagamentos. Os deputados têm compromissos com suas bases", reclamou o emedebista. Segundo o deputado, só a bancada de deputados mineiros teria de restos a pagar pendentes em torno de R$ 250 milhões.

Ramalho disse apoiar a proposta do governo de manter a desoneração apenas para seis setores e considera que este é o momento do Palácio do Planalto agir para destravar a pauta. "O governo tem como negociar isso. Tem muito resto a pagar e o governo tem de usar suas armas", sugeriu.

O projeto está em tramitação na Câmara e dependendo da votação de um requerimento de urgência para ser priorizado na pauta. O relator, Orlando Silva (PcdoB-SP), argumenta que de 16 a 18 setores econômicos reivindicam a manutenção da desoneração. O governo, no entanto, cogita usar os recursos arrecadados com a reoneração para financiar a intervenção federal no Rio de Janeiro.

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