Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 15 de maio de 2025 às 15h46.
Última atualização em 15 de maio de 2025 às 15h57.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 15, que não há qualquer decisão ou estudo em andamento para um reajuste do Bolsa Família de R$ 600 para R$ 700 por mês a partir de 2026.
A coluna do jornalista Thomas Traumann, na revista Veja, afirmou que o governo estaria estudando elevar o valor do benefício a partir de janeiro do próximo ano, além de outros medidas para melhor a popularidade.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) afirmou que o programa foi reforçado desde março de 2023 e já contribuiu para diminuir a pobreza no país, mas esclareceu que não aumentará o valor.
"Vale destacar que o Bolsa Família não substitui o salário, mas é um instrumento de proteção contra a insegurança alimentar e para garantir despesas básicas. O MDS tem trabalhado ativamente para promover a autonomia das famílias por meio do Programa Acredita no Primeiro Passo, que incentiva o emprego e o empreendedorismo", disse em nota.
Em conversa com jornalista na entrada do Ministério da Fazenda, em Brasília, o ministro Fernando Haddad também negou qualquer pressão para aumento do benefício ou outras medidas de impacto fiscal.
"Não há da parte do Ministério do Desenvolvimento Social pressão para nenhuma iniciativa nova, isso vale para os outros ministérios também. Não tem estudo, não tem demanda, não tem pedido, não tem nada. O orçamento do ano que vem não está nem sendo discutido ainda", disse.
Haddad disse ainda que o novo modelo do vale-gás constará no Orçamento, mas não deu detalhes do desenho.
"Sobre o vale-gás, a questão discutida com o MME e pacificada com o presidente, é que, qualquer que seja o desenho, tem que constar no Orçamento", disse.
Nesta quinta, o governo atualizou a Regra de Proteção do Bolsa Família, programa de transferência de renda. As mudanças passam a valer em junho, afetando exclusivamente as famílias que ingressarem na Regra de Proteção a partir do mês seguinte, com impacto na folha de pagamentos de julho de 2025.