Economia

Governo lança plataforma para fazer acordos com quem teve benefícios negados

Segundo a AGU, a ferramenta deve garantir que a análise do beneficiário seja feita em até 30 dias. Iniciativa vai começar com demandas de trabalhadoras rurais, como salário-maternidade

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 20h03.

Tudo sobreGoverno Lula
Saiba mais

A Advocacia-Geral da União (AGU) lançou, nesta quarta-feira, uma plataforma para fazer acordos extrajudiciais para conflitos individuais entre cidadãos e o governo federal de grande volume e baixa complexidade. Chamada de “Pacifica”, a ferramenta vai permitir a resolução de conflitos sem processos, com a realização de acordos extrajudiciais.

Segundo a AGU, o projeto piloto terá como foco inicial as mulheres do campo e de comunidades tradicionais, como trabalhadoras rurais, pescadoras artesanais, indígenas e quilombolas. Neste primeiro momento, a Pacifica vai atender seguradas do INSS que tiveram o pedido de salário-maternidade negado na via administrativa.

A plataforma vai cruzar dados governamentais, usando inteligência artificial (IA), para conferir se será possível realizar um acordo ou não. O objetivo é garantir que o benefício seja pago sem necessidade de processo judicial.

Com a implementação da Pacifica, a expectativa é de que o benefício seja analisado em até 30 dias úteis e, nos casos de acordo, concedido em até 45 dias. Atualmente este processo costuma levar um ou dois anos até a análise e concessão do salário-maternidade rural.

— A desjudicialização da vida é necessária. A gente precisa ter uma relação mais simples, mais direta, mais transparente com o cidadão, e acho que esse modelo é um modelo que oferece isso — destacou o advogado-geral da União, Jorge Messias, durante a cerimônia de lançamento da plataforma, nesta quarta.

O modelo da Pacifica foi desenvolvido para ser ampliado futuramente, passando a atender também outros benefícios previdenciários e demandas de diferentes áreas.

A intenção é que ela possa ser empregada na resolução de litígios de baixa complexidade entre cidadãos e órgãos ou entidades públicas federais em diversos outros setores, a exemplo dos segmentos de saúde e direitos de servidores, de acordo com a AGU.

Acompanhe tudo sobre:INSSAposentadoria pelo INSSGoverno Lula

Mais de Economia

Câmara acelera PL que exclui do arcabouço gastos com saúde, educação e empréstimos internacionais

Câmara aprova criação de nova estrutura para a Caixa Econômica Federal

Celulose brasileira fica totalmente isenta de tarifaço de Trump

Reforma Tributária: relatório define quais fundos imobiliários e do agro serão ou não taxados