Agência de notícias
Publicado em 28 de maio de 2025 às 16h44.
Última atualização em 28 de maio de 2025 às 17h40.
O delegado da Polícia Federal Carlos Henrique Oliveira de Sousa afirmou aos deputados da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados que houve uma facilitação da antiga cúpula do INSS para realização de descontos indevidos nas aposentadorias. De acordo com ele, os diretores da instituição “passaram por cima de regras” estabelecidas pela auditoria do próprio órgão.
— Realmente houve facilitação e quebra de algumas normas que estavam estabelecidas por parte da administração. Houve sim um afrouxamento em relação às recomendações da auditoria e procuradoria do próprio órgão — afirmou.
As investigações ainda apontam que mais descobertas de descontos, segundo o delegado. Carlos Henrique Oliveira de Sousa, porém, não detalhou quais avanços devem se desenrolar.
— Acredito que a gente venha a descortinar outras modalidades de descontos — disse.
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram no fim de abril uma megaoperação para combater descontos não autorizados em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. O chefe do órgão, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por decisão judicial e depois demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A operação, que envolveu centenas de policiais e auditores, foi autorizada pela Justiça do Distrito Federal para combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. As investigações apontam que a soma dos valores descontados chega a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, mas ainda será apurado qual porcentagem foi feita de forma ilegal.