Ministério da Fazenda: para 2026, a projeção de inflação subiu de 3,5% para 3,6%. De 2027 em diante, espera-se convergência da inflação ao centro da meta, de 3%. (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 19 de maio de 2025 às 14h00.
Última atualização em 19 de maio de 2025 às 14h16.
O Ministério da Fazenda elevou a projeção de alta do produto interno bruto (PIB) em 2025 de 2,3% para 2,4%. O governo continua mais otimista que o mercado. A mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) aponta para um crescimento econômico de 2,02% no ano.
Os dados foram apresentados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) nesta segunda-feira, 19, por meio do Boletim Macro Fiscal.
A revisão, segundo a SPE, está relacionada à maior expectativa de crescimento no primeiro trimestre e ao aumento esperado para a produção agropecuária no ano.
“Após aceleração da atividade no primeiro trimestre na margem, o PIB tende a desacelerar, ficando próximo da estabilidade no segundo semestre. Por setor produtivo, no ano, projeta-se expansão de 6,3% para o setor agropecuário, de 2,2% para a indústria e de 2,0% para o setor de serviços", informou o Ministério da Fazenda.
Para 2026, a SPE estimou um crescimento de 2,5%. E para os anos de 2027, 2028 e 2029 a projeção é de que a geração de riquezas no país registre expansão 2,6% em todos os anos.
O governo também aumentou de 4,9% para 5% a projeção de inflação para 2025, abaixo das estimativas de mercado. Entre os analistas ouvidos pela BC, a mediana das expectativas está em 5,5o%
“A mudança refletiu pequenas surpresas nas variações para o índice em março, além de alterações marginais nas expectativas para os próximos meses. No cenário considerado, a redução na inflação passa a ser observada de maneira mais regular apenas a partir de setembro”, informou a SPE.
Para 2026, a projeção de inflação subiu de 3,5% para 3,6%. De 2027 em diante, espera-se convergência da inflação ao centro da meta, de 3%. Para o INPC de 2025, a projeção subiu de 4,8% para 4,9%, enquanto para o IGPDI, caiu de 5,8% para 5,6%.