Economia

Empresas japonesas pressionam por reatores nucleares

A oposição dos japoneses à energia nuclear é cada vez maior desde o acidente da central atômica de Fukushima

O governo defende a reativação dos reatores aprovados nos testes de resistência às catástrofes naturais e que respondam a um certo número de critérios de segurança (Tepco/AFP)

O governo defende a reativação dos reatores aprovados nos testes de resistência às catástrofes naturais e que respondam a um certo número de critérios de segurança (Tepco/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 10h45.

Tóquio - As empresas regionais de energia elétrica do Japão pressionam o governo e a população por uma autorização para o funcionamento dos reatores nucleares, quase todos desativados, sob a alegação de que há riscos de apagões nos próximos meses.

A Kansai Electric Power, que abastece parte do oeste do Japão, sobretudo as cidades industriais de Osaka e Kobe, adverte que pode sofrer uma insuficiência de corrente de 19,3% em julho e 16,3% em agosto, caso as centrais nucleares permaneçam desligadas nestes meses, quando o ar condicionado empresarial e doméstico é utilizado no grau máximo.

A Kyushu Electric Power e a Hokkaido Electric Power, que atendem o norte e o nordeste do país, fizeram previsões similares.

O governo defende a reativação dos reatores aprovados nos testes de resistência às catástrofes naturais e que respondam a um certo número de critérios de segurança, mas as prefeituras não querem assumir a responsabilidade ante uma população desconfiada.

As empresas ameaçam levar as usinas de produção para o exterior.

A oposição dos japoneses à energia nuclear é cada vez maior desde o acidente da central atômica de Fukushima (nordeste), onde quatro dos seis reatores sofreram graves danos após o terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.

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