Economia

Emprego na Espanha é prioridade e economia segue em baixa

Segundo a OCDE, o país continuará em recessão em 2012, com recuo no PIB de 1,3%


	Espanhóis aguardam na fila de um escritório de empregos em Madri: para a OCDE, o país continuará até 2013 a apresentar taxas de desemprego das mais elevados no mundo
 (Dominique Faget/AFP)

Espanhóis aguardam na fila de um escritório de empregos em Madri: para a OCDE, o país continuará até 2013 a apresentar taxas de desemprego das mais elevados no mundo (Dominique Faget/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 12h37.

Madri - A Espanha deve, de maneira urgente, continuar com as reformas para lutar contra a taxa de desemprego recorde, enquanto que as perspectivas de melhoras para a quarta maior economia da zona euro ainda são fracas, estimou nesta quinta-feira a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório.

Para a entidade, que apresenta este relatório a Madri no meio da tarde, o país, enfraquecido desde do estouro da bolha imobiliária em 2008, continuará em recessão em 2012, com recuo no PIB de 1,3%.

O principal problema continua sendo a enorme taxa de desemprego, que chegou no terceiro trimestre à marca histórica de 25%, com 25,02% da população ativa a procura de emprego (taxa que chega a mais de 52% entre os jovens de 16-24 anos).

"Novas reformas estruturais são necessárias para estimular o emprego, em particular para os jovens, e para melhorar a competitividade", estima a OCDE.

De acordo com a OCDE, o país continuará até 2013 a apresentar taxas de desemprego das mais elevados no mundo industrializado, chegando a 26,9% em 2013.

Para o governo espanhol, a taxa de desemprego será de 24,6% no fim de 2012 e de 23,3% em 2013.

O OCDE qualifica como "progresso significativo" a reforma do mercado de trabalho adotada no começo do ano, que reduz consideravelmente as indenizações pós-licenciamento e instaura um novo contrato com duração indeterminada (CDI) com período de teste de um ano.

"Se a reforma não for eficaz, outras medidas poderão ser tomadas para diminuir a dualidade do mercado de trabalho (entre um CDI muito protetor de um lado e contratos precários do outro) em direção ao contrato único", recomendou a entidade.

Acompanhe tudo sobre:EuropaPiigsDesempregoUnião EuropeiaCrises em empresasEspanha

Mais de Economia

Câmara dos Deputados aprova PEC que proíbe extinção de tribunais de contas

Aneel recomenda ao governo renovar concessão da Light no Rio por 30 anos

SP gera quase 500 mil vagas de emprego nos primeiros 9 meses de 2025

1% mais rico acumula 41% da nova riqueza global, mostra relatório