Economia

Corte definitivo do Orçamento será o maior em 15 anos

O governo vai aplicar um contingenciamento de despesas que deve oscilar entre R$ 65 bilhões e R$ 80 bilhões


	Congresso: o tamanho do contingenciamento em gestação tem assustado os ministros
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Congresso: o tamanho do contingenciamento em gestação tem assustado os ministros (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 09h07.

Brasília - O governo conta com a aprovação do Orçamento de 2015 na próxima semana no Congresso Nacional.

O contingenciamento de despesas, preparado há quase três meses pela equipe econômica, está praticamente pronto e deve sair "imediatamente após a aprovação da Lei Orçamentária", disse uma fonte do governo.

O corte está sendo preparado para sair em meados de março. O governo, porém, ganhou fôlego em sua missão de ajuste fiscal com o decreto de programação orçamentária anunciado ontem pelo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, que reduzirá os gastos da máquina até que o Orçamento ser aprovado.

Sobre o Orçamento, o governo vai aplicar um contingenciamento de despesas que deve oscilar entre R$ 65 bilhões e R$ 80 bilhões. Se confirmado, será o maior corte de gastos dos últimos 15 anos.

O tamanho do contingenciamento em gestação tem assustado os ministros.

Um do auxiliares mais próximos da presidente disse que o corte será "de chorar". Nos últimos dias, a equipe econômica e a própria presidente tem ouvido reclamações de diversas áreas.

Em vários ministérios o medo é que aquilo que sobrar do Orçamento mal dará para pagar contas, quanto mais fazer qualquer tipo de investimento. Algumas propostas iniciais dos novos ministros devem sair desidratadas.

É o caso, por exemplo, do Plano Nacional de Exportações, que está sendo trabalhado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Sem recursos, o governo não vai poder atender aos pedidos de desonerações e financiamento, feitos pela indústria, e pode até mesmo cancelar ou diminuir alguns dos poucos que sobrevivem, como o Reintegra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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