Aneel: agência revisou para 6,3% a projeção de reajuste médio das tarifas de energia elétrica para 2025 (Getty Images/Getty Images)
Repórter
Publicado em 11 de agosto de 2025 às 19h45.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revisou para 6,3% a projeção de reajuste médio das tarifas de energia elétrica para 2025. A nova projeção foi divulgada na atualização do boletim InfoTarifa, publicada nesta segunda-feira.
Em um comunicado, o órgão informou que o aumento na conta de luz deve superar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Anteriormente, a estimativa era de 3,5%.
"Na segunda edição da publicação, o efeito médio anual foi estimado ante as projeções de 1,3% no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e de 5,1% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O boletim também apresenta o histórico da tarifa média residencial, dados do subsidiômetro, informações sobre as bandeiras tarifárias dos últimos meses e os principais fatos tarifários dos últimos três meses", diz o texto.
O principal fator para essa revisão foi o aumento dos valores destinados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que financia políticas para o setor. O orçamento aprovado para a CDE foi de R$ 8,6 bilhões, superando a previsão inicial.
Este boletim, que é atualizado trimestralmente, traz informações sobre a tarifa média residencial, as bandeiras tarifárias dos últimos meses e os principais eventos relacionados ao setor tarifário.
Na última semana de julho, a Aneel anunciou a vigência da bandeira vermelha nível 2 para o mês de agosto. Com isso, as contas de energia elétrica passam a ter um adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O sistema de bandeiras tarifárias pretende sinalizar ao consumidor os custos reais da geração de energia elétrica. Quando a geração se torna mais cara, por causa do acionamento de usinas termelétricas – que são mais onerosas –, a cobrança extra é automaticamente aplicada nas contas de luz.
Segundo a Aneel, o motivo para o acionamento da bandeira vermelha nível 2 é o baixo volume de chuvas, que reduz os reservatórios das hidrelétricas, forçando a utilização das termelétricas.
O sistema de bandeiras, de responsabilidade da Aneel, sinaliza as condições de geração de energia no país. Quando há escassez de chuvas e as hidrelétricas geram menos energia, é necessário acionar as termelétricas, que têm custos mais altos.
Dessa forma, as bandeiras tarifárias são acionadas de acordo com as condições da geração:
Com a bandeira vermelha nível 2 acionada, os consumidores terão um impacto direto em suas contas de energia em razão dos custos elevados da geração de energia neste cenário.