Economia

Comissário acredita em acordo sobre gás antes de junho

Comissário europeu de Energia considera possível que se chegue a um acordo entre a Rússia e Ucrânia sobre as provisões de gás antes de 1º de junho


	Tubulação de gás: "acordo é possível devido boa vontade das duas partes", disse comissário
 (Andrey Sinitsin/AFP)

Tubulação de gás: "acordo é possível devido boa vontade das duas partes", disse comissário (Andrey Sinitsin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 15h57.

Berlim - O comissário europeu de Energia, Günther Oettinger, considera possível que se chegue a um acordo entre a Rússia e Ucrânia sobre as provisões de gás e as contas a pagar antes de 1º de junho, após os avanços obtidos nesta segunda-feira em um encontro trilateral em Berlim.

"Ainda não estamos do outro lado, as duas partes precisam falar com seu primeiro-ministro ou com seu presidente e com a cúpula do Naftogaz", disse Oettinger, mediador entre as duas partes no encontro.

O princípio do acordo, que ainda deve ser ratificado por instâncias mais altas, contempla que o consórcio ucraniano Naftogas pague na próxima quinta-feira 2 bilhões de euros à russa Gazprom como parte das faturas pendentes.

Depois, em junho, o Naftogaz deverá pagar 500 milhões de euros a mais, embora, segundo Oettinger, seja possível que até esse momento já se tenha chegado a um acordo sobre o montante da dívida total.

Até agora, o problema era que a Rússia e a Gazprom não estavam dispostas a negociar sobre o preço do gás enquanto a parte ucraniana não pagasse todas as faturas pendentes.

Os ucranianos, por sua vez, se negavam a pagar enquanto não houvesse um acordo sobre o preço do gás, após rejeitar Kiev as últimas altas aplicadas por Moscou.

"A parte russa queria o pagamento de todas as faturas antes de falar do preço. Com o pagamento de 2 bilhões, a parte russa está disposta a começar negociações sobre o preço para chegar a um preço aceitável para as partes", explicou Oettinger.

"Acho que um acordo é possível devido à boa vontade das duas partes", acrescentou.

Com um acordo, segundo Oettinger, se asseguraria o fornecimento russo para a Ucrânia e para a UE e a manutenção da infraestrutura ucraniana.

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