Economia

Baixa confiança atrapalha setor, diz executivo da Nissan

Segundo diretor de Produtos e Marketing da Nissan, a sensação que os brasileiros tinham de que o país era a "bola da vez" no cenário internacional passou


	Fábrica da Nissan no Brasil: "O Brasil voltou a ser um país normal", afirmou diretor de Produtos e Marketing da Nissan
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Fábrica da Nissan no Brasil: "O Brasil voltou a ser um país normal", afirmou diretor de Produtos e Marketing da Nissan (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 18h00.

São Paulo - O diretor de Produtos e Marketing da Nissan, Carlos Murilo Moreno, afirmou que a situação de fraco crescimento do setor automobilístico no Brasil não é resultado de restrições de financiamento, mas da baixa confiança do consumidor.

"Para mim, não é nenhuma questão de demanda nem de crédito. É uma questão de confiança", disse, após participar de palestra no Workshop New New Comers Auto & Caminhões, promovido pela AutoData, na capital paulista.

Para Moreno, o cenário econômico brasileiro vive um momento de "ebulição", com muita informação sobre a volatilidade do crescimento e temor de um descontrole na inflação.

"As pessoas adiam a compra de um bem como o automóvel, que tem um valor muito alto, se não estão confortáveis em fazer dívida", afirmou.

Segundo o executivo, a sensação que os brasileiros tinham de que o país era a "bola da vez" no cenário internacional passou.

"O Brasil voltou a ser um país normal", afirmou, acrescentando, no entanto, que num cenário de médio e longo prazos o mercado tende a voltar a crescer.

"O país não vai crescer a taxas de 3% ou 4%, mas vai manter um PIB consistentemente em torno de 1,5%."

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas japonesasAutoindústriaeconomia-brasileiraMontadorasNissanDesenvolvimento econômicoCrescimento econômicoIndústria

Mais de Economia

Retirada da tarifa de 40% pelos EUA é 'avanço' nas relações com o Brasil, diz CNI

Trem chinês é concorrência desleal que prejudica Brasil, diz diretor da Alstom

Governo começa a exigir biometria para novos pedidos de benefícios no INSS

Sindicalização cresce pela 1ª vez em uma década e atinge 8,9%