Economia

Argentina acerta congelamento de preços de combustíveis por 2 meses

Empresas aceitam manter preços atuais durante os meses de maio em junho, mas terão autorização para compensar perdas acumuladas com as variações de custo

Argentina: presidente Mauricio Macri assinou acordo com a estatal YPF, com a Pan American Energy e com a Shell Argentina (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Argentina: presidente Mauricio Macri assinou acordo com a estatal YPF, com a Pan American Energy e com a Shell Argentina (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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EFE

Publicado em 8 de maio de 2018 às 21h01.

Buenos Aires - O governo da Argentina chegou a um acordo com as grandes empresas do setor de energia que operam no país para congelar os preços dos combustíveis por dois meses, atenuando assim as fortes variações do valor do dólar no país.

O Ministério de Energia informou em comunicado que o presidente Mauricio Macri assinou um acordo com a estatal YPF, com a Pan American Energy e com a Shell Argentina. O governo convidou as demais refinadoras que atuam no país a aderir ao acordo.

As empresas aceitam manter os preços atuais dos combustíveis durante os meses de maio em junho, mas terão autorização para compensar as perdas acumulados com as variações de custo no período por seis meses, a partir de 1º de julho.

A negociação ocorreu devido aos aumentos das cotações do petróleo no mercado internacional e às fortes variações no valor do dólar. Segundo o governo da Argentina, o objetivo da medida é "amortecer" os efeitos no preço local dos combustíveis e contribuir para estabilização no curto prazo da economia do país.

No entanto, há bastante incerteza sobre a eficácia da medida. A Argentina vive um período de instabilidade desde a semana passada, quando o dólar registrou uma forte valorização em relação ao peso.

A situação fez com que o Banco Central elevasse a taxa de juros em mais de 20 pontos percentuais, obrigou o governo a fazer cortes no orçamento, a promover redução nas previsões de déficit fiscal e a buscar o Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter uma linha de crédito para superar a crise.

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