Economia

Após saída da Ford, Toyota cobra avanços na agenda de competitividade

A montadora prevê crescimento de 25% das vendas neste ano e manifestou intenção de seguir vendendo no país carros de tecnologia híbrida

TOYOTA: o grupo paralisará suas atividades pelo menos até 25 de outubro. (Pierre Albouy/Reuters)

TOYOTA: o grupo paralisará suas atividades pelo menos até 25 de outubro. (Pierre Albouy/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 09h50.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2021 às 10h48.

Sexta marca em vendas no Brasil e perto de finalizar um ciclo de investimentos de R$ 1 bilhão na fábrica de Sorocaba, no interior de São Paulo, a Toyota reforçou nesta quarta-feira seu compromisso com o País, mas cobrou avanços nas condições de competitividade num momento em que a indústria automotiva ainda assimila o fechamento das linhas de produção da Ford.

Estamos comprometidos com o desenvolvimento do Brasil de forma ampla e aberta ao diálogo. Só na última década, investimos uma quantia equivalente a R$ 6 bilhões. Mas, mesmo acostumados com a volatilidade que Brasil e região sempre apresentaram, o período atual tem sido mais desafiador. Buscamos com governos, entidades, sociedade civil e comunidades mais oportunidades e soluções em todos os aspectos do negócio, pautados em uma visão com perspectiva de longo prazo.

Rafael Chang, presidente da operação brasileira da Toyota

A montadora, que acaba de lançar a renovação do Corolla, o sedã médio mais vendido no Brasil, prevê crescimento de 25% das vendas neste ano e manifestou intenção de seguir vendendo no País carros de tecnologia híbrida, que combinam um motor elétrico com outro convencional (combustão interna). Sua marca de luxo, a Lexus, tem como objetivo ser a única a oferecer um portfólio 100% eletrificado no mercado brasileiro.

No comunicado, a Toyota sustenta que a necessidade de o Brasil oferecer maior previsibilidade ao plano de negócios das empresas automotivas aumentou diante dos desafios da pandemia.

"Uma agenda de competitividade se faz mais do que necessária neste momento, pois, em curto e médio prazos, ela possibilitará atrair novos investimentos, gerar mais empregos e renda, tão necessários ao desenvolvimento do nosso País", diz Chang, ao lembrar que "importantes empresas" do setor deixaram de produzir no Brasil. "Nós reafirmamos nosso compromisso com o País, mas precisamos de condições, inclusive tributárias, mais equilibradas e justas", reivindicou o executivo.

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