Economia

Alckmin diz que trabalha para redução de alíquota do tarifaço para todos os setores

Vice-presidente também se reuniu com representantes da Meta, Google, Visa, Amazon, Apple, Expedia e da Secretaria de Comércio dos Estados Unidos

Geraldo Alckmin: segundo o vice-presidente, um grupo de trabalho será criado para debater a regulação das big techs. (Leandro Fonseca/Exame)

Geraldo Alckmin: segundo o vice-presidente, um grupo de trabalho será criado para debater a regulação das big techs. (Leandro Fonseca/Exame)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 29 de julho de 2025 às 18h48.

Última atualização em 29 de julho de 2025 às 19h55.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira, 29, que trabalha para reduzir para todos os setores a alíquota de 50% do tarifaço aos produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Estamos trabalhando para que a diminuição de alíquota seja para todos [os setores]. Não tem justificativa de ter uma alíquota de 50% para um país que é um grande comprador. Eles têm uma balança comercial superavitária", disse.

A afirmação de Alckmin foi feita após o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmar também nesta terça que os produtos não produzidos internamente pelo país podem entrar nos EUA com tarifa zero.

“Produtos como manga e café, que não são cultivados nos Estados Unidos, poderiam entrar com tarifa zero”, disse Lutnick em entrevista à CNBC Internacional, sem citar o Brasil.

Regulação de big techs

Alckmin também afirmou que se reuniu com representantes da Meta, Google, Visa, Amazon, Apple, Expedia e com um representante da Secretaria de Comércio dos Estados Unidos, que entrou por videoconferência.

"Estamos propondo uma mesa de trabalho, onde a gente vai verificar: ambiente regulatório, inovação tecnológica, oportunidade econômica e segurança jurídica", disse.

Segundo ele, a regulação das big techs está em debate do mundo e as melhores práticas adotadas pelos países devem ser analisadas para definir as normas brasileiras.

Essa questão de regulamentação de big techs e redes sociais está em discussão no mundo. O que deu certo? O que levou a crítica? Não devemos ter pressa", disse.

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