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Passarinhos fazem ninho com fibra óptica de drones usados em guerra na Ucrânia; veja foto

Drones FPV, como os usados ​​para atingir os bombardeiros estratégicos russos no mega-ataque ucraniano no domingo, tornaram-se uma arma essencial para ambos os lados do conflito

Agência o Globo
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Publicado em 7 de junho de 2025 às 12h34.

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Soldados ucranianos da Brigada Azov, que lutam na linha de frente em Toretsk, encontraram um ninho de pássaro feito de galhos e fios de fibra óptica, residuais de drones FPV — sigla para "visão em primeira pessoa" —, amplamente utilizados no conflito com a Rússia. Drones FPV, como os usados para atingir os bombardeiros estratégicos russos no mega-ataque ucraniano no domingo, tornaram-se uma arma essencial para ambos os lados da guerra, podendo voar a velocidades de até 160 km/h com pequenas cargas explosivas.

A imagem do ninho foi publicada por soldados no X.

Operação "Teia de Aranha" e o uso de drones FPV

O ataque devastador da Ucrânia com drones no último domingo, chamado de Operação "Teia de Aranha", levou 18 meses para ser planejado e danificou 41 aviões de guerra da Rússia em quatro bases aéreas. Foi o maior ataque aéreo contra posições dentro da Rússia, em uma ação que causou prejuízos bilionários a Moscou, sobretudo na Força Aérea russa.

Os drones FPV, usados na operação, custam de algumas centenas a alguns milhares de dólares cada, dependendo do tipo. A Ucrânia produz atualmente milhares desses drones por dia e afirma esperar produzir mais de 10 mil, embora o drone-base (antes da adição de armas e outros equipamentos militares) ou as peças usadas para fabricá-lo normalmente venham da China.

Negociações de paz e tensões no conflito

No início deste mês, conversas diretas de paz entre Rússia e Ucrânia ocorreram em Istambul, mas terminaram sem avanços significativos. Negociadores ucranianos disseram que a Rússia rejeitou um "cessar-fogo incondicional" — principal exigência de Kiev e de seus aliados ocidentais, incluindo os EUA. A equipe russa afirmou ter proposto uma trégua de dois ou três dias "em determinadas áreas" da extensa linha de frente.

Na semana passada, o presidente americano, Donald Trump, chegou a estabelecer um prazo de duas semanas para o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçando mudar a forma como os EUA estão respondendo à Rússia se acreditasse que o presidente russo ainda estava apenas "ganhando tempo" nas negociações de paz com a Ucrânia.

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