Ciência

Astrônomos descobrem objeto misterioso pulsando a cada 44 minutos na Via Láctea

Descoberta de um novo tipo de transiente de rádio na galáxia tem intrigado cientistas, que buscam entender sua origem

Objeto misterioso: cientistas detectam sinal pulsante a cada 44 minutos a 15.000 anos-luz de distância (Feito com Inteligência Artificial )

Objeto misterioso: cientistas detectam sinal pulsante a cada 44 minutos a 15.000 anos-luz de distância (Feito com Inteligência Artificial )

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 4 de junho de 2025 às 16h24.

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Os astrônomos da Universidade Curtin, na Austrália, fizeram uma descoberta impressionante na Via Láctea: um objeto misterioso que emite pulsos regulares a cada 44 minutos, detectado a 15.000 anos-luz de distância.

O sinal foi captado por um dos radiotelescópios mais avançados do mundo, o ASKAP. Nomeado ASKAP J1832-0911, o objeto é responsável por pulsos de dois minutos de duração, que se repetem com intervalos fixos.

Esse comportamento peculiar chamou a atenção da comunidade científica, sobretudo porque o sinal chegou tanto em ondas de rádio quanto em raios-X, detectados simultaneamente pelo Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa.

Descoberta rara

A natureza dupla do sinal, recebida em diferentes comprimentos de onda ao mesmo tempo, representa uma descoberta rara. De acordo com o astrônomo Ziteng “Andy” Wang, da Universidade Curtin e principal autor do estudo publicado na Nature, foi uma verdadeira sorte.

"O ASKAP tem um campo de visão amplo, enquanto o Chandra observa apenas uma pequena fração do céu. Foi um golpe de sorte que o Chandra estivesse observando exatamente a mesma área ao mesmo tempo", comentou Wang em um comunicado à imprensa.

A descoberta do ASKAP J1832-0911 é parte de um fenômeno mais amplo, recém-descoberto, chamado transientes de rádio de longo período (LPTs, na sigla em inglês), identificados pela primeira vez em 2022.

Esses sinais misteriosos têm origens desconhecidas e ocorrem com intervalos fixos, muito mais lentos do que os pulsos emitidos pelos pulsares, estrelas de nêutrons que giram rapidamente e emitem sinais em intervalos de milissegundos.

Até agora, apenas cerca de 10 LPTs foram detectados, e nenhum deles havia sido observado com a tecnologia de raios-X.

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