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Por que o SP Open é tão importante para o tênis feminino brasileiro

O torneio WTA 250 acontece nesta semana no Parque Villa Lobos, em São Paulo, e reúne sete tenistas brasileiras na chave principal

Carolina Meligeni no SP Open: em casa (SP Open/Divulgação)

Carolina Meligeni no SP Open: em casa (SP Open/Divulgação)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 7 de setembro de 2025 às 16h10.

Última atualização em 8 de setembro de 2025 às 09h41.

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Das 32 tenistas que disputam o SP Open, sete brasileiras estão garantidas na chave principal do torneio. Bia Haddad Maia, Laura Pigossi e Carolina Meligeni Alves entraram por ranking. Luiza Fullana, Ana Candiotto, Victoria Barros e Nauhany Silva receberam convite da organização.

Em nenhum torneio WTA 250, evidentemente, existe essa proporção de brasileiras. Jogar um torneio em casa dá a oportunidade a tenistas que estão em início de carreira de ganhar pontos importantes no ranking, o que permite a elas entrar nas chaves e nos qualificatórios de outros torneios e assim irem avançando no ranking mundial.

Viagens internacionais para disputar torneios representam um investimento caro para jogadoras que estão chegando agora ao circuito, muitas delas com patrocínios simbólicos. O SP Open, disputado no Parque Villa Lobos, em São Paulo, a partir desta segunda-feira 8 e até o domingo 14, pode ser um trampolim para essas profissionais iniciantes.

A volta de um torneio de porte

O SP Open marca a volta de um torneio feminino de porte a São Paulo após 25 anos. Entre os anos 1980 e até 2000, a capital paulista sediou um campeonato também de nível 250. Depois daquela última edição, outros campeonatos importantes ainda foram disputados no Brasil.

O Brasil Open teve chave feminina em 2001 e 2002, na Costa do Sauipe. Em Florianópolis foi disputado o Brasil Tennis Cup, também de nível 250, entre 2013 e 2016. O Rio Open chegou a ter três edições femininas, de 2014 a 2016, também de nível 250, junto com a edição masculina.

Muitas jogadoras brasileiras de agora despontaram nesses torneios realizados no país. Carolina Meligeni e Laura Pigossi disputaram o WTA de Florianópolis. Agora no SP Open, as adolescentes Victoria Barros e Nauhany Silva estão estreando na chave principal de um campeonato desse porte.

Bia Haddad é a cabeça de chave número 1

Um torneio WTA 250 significa que a campeã receberá 250 pontos no ranking mundial. É o quarto nível de torneio mais importante do circuito, depois dos quatro Grand Slam, dos Masters 1000 e dos WTA 500. A premiação total do SP Open será de 275 mil dólares.

Em sua primeira edição, o SP Open não conseguiu atrair estrelas internacionais. A tunisiana Ons Jabour, que já foi número 2 do mundo, chegou a ser anunciada, mas desistiu. Bia Haddad, hoje na 22ª colocação, é a única tenista abaixo das 70 melhores do ranking. No total, serão sete tenistas entre as top 100.

A principal rival de Bia será a argentina Solana Sierra, número 74 do ranking e cabeça de chave número 2. Em seguida estão a filipina Alexandra Eala, na 75ª posição, e a crota naturalizada australiana Ajla Tomljanović, número 91. Os primeiros jogos da rodada acontecem nesta segunda-feira, 8 de setembro.

Melhor momento do tênis feminino

O tênis feminino vive seu melhor momento desde o auge de Maria Esther Bueno. A dupla Luisa Stefani e Laura Pigossi conquistou a medalha de bronze em Tóquio, em 2020. Bia Haddad chegou a ocupar a 10ª posição do ranking, em 2023, ano em que chegou à semifinal de Roland Garros.

Mesmo neste ano irregular, Bia continua na 22ª colocação e teve um bom desempenho recente no US Open, onde perdeu nas oitavas de final para a vice-campeã Amanda Anisimova.

Victoria Barros, de 15 anos, mora em Nice, na França, onde treina na academia de Patrick Mouratoglou, ex-técnico de Serena Williams. Nauhany Silva começou a jogar no próprio Villa Lobos, entre outros parques públicos de São Paulo.

Quais são as marcas patrocinadoras

Agora, o complexo instalado no parque da zona oeste de São Paulo pode ser palco de vitórias expressivas dessas jovens promessas. O endosso de marcas líderes de mercado ao torneio são um atestado do interesse crescente pelo tênis feminino no Brasil.

O SP Open conta com o patrocínio master de Claro, Heineken 0.0, ALLOS, Shopping VillaLobos e BRB. Também apoiam o evento Prudential, Atvos, B3, Seara Gourmet, Ademicon, Tegra Incorporadora, Revo, Engie, Oncoclínicas, Faixa Azul, Farmacêutica EMS, World Wine, Zetaflex, BlueFit Academia, Melitta, Liquidz, Grey Goose, Águas Prata, Trousseau e Giovanna Baby. As marcas esportivas oficiais são Slyce e ASICS, com Wilson como fornecedora de bolas. A Lider fornece o mobiliário para o Ace Club. O troféu é assinado pelo joalheiro Ara Vartanian.

Na área de conveniência estão a Holy Burger, a melhor hamburgueria brasileira avaliada na edição deste ano do The World’s Best Burgers, e drinques da Grey Goose. São detalhes que tornam ainda mais especial a experiência de assistir a um torneio WTA 250 em São Paulo. Mas as atrações de verdade estarão em ação, nas quadras azuis de piso duro.

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