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Loro Piana é colocada em administração judicial por supostamente explorar trabalhadores

Marca se tornou a mais recente do segmento na Itália a se ver envolvida em investigações sobre violações de direitos trabalhistas

Agência o Globo
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Publicado em 14 de julho de 2025 às 15h49.

Última atualização em 14 de julho de 2025 às 18h07.

A Loro Piana, a luxuosa empresa italiana de cashmere do grupo LVMH, dono da Louis Vuitton, foi colocada por um tribunal de Milão sob administração judicial por terceirizar a produção para fornecedores que supostamente exploravam trabalhadores dentro de sua cadeia de suprimentos , informa reportagem do Financial Times.

Assim, a Loro Piana se tornou a mais recente marca de luxo da Itália a se ver envolvida em uma série de investigações sobre violações de direitos trabalhistas.

A luxuosa empresa italiana de cashmere foi adquirida pela LVMH — o maior conglomerado de luxo do mundo — em 2013. Em março deste ano, Frédéric Arnault, filho do fundador da LVMH, Bernard Arnault, foi nomeado CEO da marca, com sede em Milão.

Segundo a decisão judicial, a qual o Financial Times teve acesso, a Loro Piana teria repassado a produção de roupas, incluindo jaquetas, para a Evergreen Fashion Group, uma empresa de propriedade chinesa, e a produção das peças de vestuário ''foi realizada em um contexto de exploração do trabalho”.

De acordo com a reportagem, a empresa ficará sob administração judicial por um ano, com a finalidade de corrigir as deficiências em sua cadeia de suprimento.

Neste período, um administrador nomeado pelo tribunal supervisionará as operações da marca. O FT diz ainda que a marca não está sob investigação criminal, e, caso a empresa cumpra as exigências legais antes do prazo de 12 meses determinado pelo tribunal, a ordem será revogada.

Procurada pela reportagem, a Loro Piana recusou-se a comentar a decisão.

A Loro Piana Spa é a quinta empresa de moda a ser colocada sob administração judicial na Itália nos últimos 18 meses, em um escândalo que tem manchado a imagem da indústria de luxo do país.

De acordo com a agência Reuters, unidades de Valentino, Dior (também pertencente ao grupo LVMH), Armani e a empresa italiana de bolsas Alviero Martini também foram colocadas sob administração judicial.

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