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Em jogo épico, Carlos Alcaraz conquista o bicampeonato de Roland Garros

O espanhol, número dois do mundo, salva três match points para virar a partida contra o italiano Jannik Sinner

Espanhol Carlos Alcaraz  (Dimitar DILKOFF / AFP)

Espanhol Carlos Alcaraz (Dimitar DILKOFF / AFP)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 8 de junho de 2025 às 16h00.

Última atualização em 8 de junho de 2025 às 16h57.

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Épico é um adjetivo desgastado nas resenhas esportivas. Mas essa é a maneira mais adequada de descrever esta final masculina de Roland Garros, em Paris, que aconteceu neste domingo, 8 de junho. O espanhol Carlos Alcaraz, campeão do torneio no ano passado, venceu por três a sets a dois, em cinco horas e meia de jogo.

Foi a final mais aguardada desta edição do Grand Slam francês - e a menos previsível. Qualquer um poderia vencer, sem surpresa para ninguém. De um lado estava Jannik Sinner, que fez até então uma temporada perfeita no torneio de tênis, sem perder nenhum set. Do outro, o único jogador que parece capaz de vencê-lo hoje, Alcaraz.

Prevaleceu Alcaraz, o mais audacioso. O placar final foi de 4x6, 6x7, 6x4, 7x6 e 7x6, em um jogo cheio de reviravoltas e jogadas sensacionais, decidido no super tiebreak. Alcaraz chegou a salvar três match points. Com a vitória, ele chega ao seu 20º título de ATP. Agora, o espanhol tem cinco conquistas em Grand Slam. Sinner, o mais consistente, tem três títulos de Grand Slam e 19 no geral.

Foi a primeira vez que o número um e o número dois do ranking da ATP disputaram uma final de Roland Garros desde 1984, quando o tcheco Ivan Lendl, então o segundo colocado, venceu o americano John McEnroe por três sets a dois. Foi também a final mais longa nos 124 anos de Roland Garros.

Virada histórica

O primeiro game, com mais de cinco minutos de duração, já foi uma mostra do que viria pela frente. Desde o começo já se viu que seria um jogo de controle de nervos. Era uma final de Grand Slam, afinal, com os dois melhores jogadores do momento, em que cada um sempre puxa o outro para o seu limite.

Sinner, como sempre, variou pouco o jogo, feito de batidas muito sólidas de fundo de quadra, dos dois lados. Sem muitas subidas à rede, sem curtas. Alcaraz jogou de um jeito mais conservador, frente ao seu estilo mais arrojado. Ainda assim, foi quem mais tentou quebrar o ritmo do jogo com alguns saques e voleios e chamando o adversário à rede. Nos últimos dois sets, arriscou mais. Com sucesso.

Para Patrick Mouratoglou, ex-técnico de Serena Williams e Holger Hune e comentarista, Alcaraz perde alguns sets porque pode se dar a esse luxo. “Algumas vezes ele perde o foco porque tem confiança de que consegue recuperar os pontos perdido”, disse em um vídeo em sua conta do Instagram. Foi o que aconteceu.

A grande rivalidade no tênis

Na plateia estavam ex-campeões de Roland Garros, como o austríaco Thomas Muster, o sueco Stefan Edberg e o americano Michael Chang, que dificilmente dão as caras nos grandes torneios. Também nas numeradas Andre Agassi e Martina Navratilova assistiam à final.

Sinner contra Alcaraz é a grande rivalidade do tênis hoje, com disputas que não deixam lembrança aos jogos entre Roger Federer, Novak Djokovic e Rafael Nadal. Mas entre os 12 jogos entre eles até agora, essa foi a primeira final de Grand Slam. Pela pouca idade deles, muitas outras devem vir. Que comece a temporada de grama.

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