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As novas joias do cerrado: Tiffany & Co inaugura loja no Flamboyant shopping

A chegada da marca americana em Goiás tem o intuito de atingir um público que antes viajava para o exterior para comprar na joalheria

Tiffany & Co em Goiânia: abertura da loja com Bruna Kehrnvald, Lalá Noleto, Laurita Mourão, Andressa Suita, Emmanuele Louza, Alessandra Louza e Layla Monteiro (tiffanyandco/Divulgação)

Tiffany & Co em Goiânia: abertura da loja com Bruna Kehrnvald, Lalá Noleto, Laurita Mourão, Andressa Suita, Emmanuele Louza, Alessandra Louza e Layla Monteiro (tiffanyandco/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 19 de novembro de 2025 às 15h58.

Última atualização em 19 de novembro de 2025 às 17h09.

Nos corredores do Flamboyant shopping, em Goiânia, dividem o protagonismo entre as vitrines de grifes internacionais e as personagens do reality show da Globoplay Poderosas do Cerrado, em que algumas das figuras mais endinheiradas da capital abrem suas rotinas de trabalho e relações pessoais. No entanto, ontem, 18, a americana Tiffany & Co. foi o centro das atenções com suas mais de 450 blue boxes presas ao teto do centro comercial, indicando que ali, havia um novo presente para a cidade.

A chegada da marca americana no estado faz parte da estratégia da LVMH para atingir um público que antes viajava para o exterior para comprar na joalheria.

A loja segue o conceito apresentado recentemente pela marca, inspirado na The Landmark, da Quinta Avenida. A fachada em mosaicos artesanais em tons de azul, produzidos em cerâmica, faz referência ao legado de Louis Comfort Tiffany, primeiro diretor de design da marca. No interior, o destaque é a pintura à mão da obra Bird on a Rock, criada por Jean Schlumberger em 1965 e ainda presente nas coleções da Tiffany. O espaço reúne as linhas Lock, HardWear, T, Knot e a nova coleção Bird on a Rock by Tiffany.

Para o Grupo Flamboyant, a inauguração da joalheria simboliza um movimento que já vem transformando o posicionamento do shopping e da própria cidade. Emmanuele Louza, CEO do grupo, explica que o comportamento do consumidor regional mudou e ampliou a relevância de Goiânia no mapa nacional. Segundo ela, o fluxo de mais de 1,5 milhão de pessoas por mês inclui clientes de diversos estados, ampliando o alcance do shopping para além dos limites estaduais. “Nossos clientes são centro-oeste, mas também da região norte, [de estados] como Pará e Tocantins”.

Esse movimento se soma ao processo de evolução do mix do Flamboyant ao longo das últimas décadas. O shopping prepara uma nova expansão que deve incluir cerca de 5 mil metros quadrados de área bruta locável e até 100 novas lojas. Atualmente são 300 marcas presentes. “Tem um período que algumas marcas tão em ascensão, outras nem tanto. Então, a gente precisa também se renovar”, diz Emmanuele. Para ela, a chegada de marcas como a Tiffany reforça a importância de manter o empreendimento em constante transformação. “O bacana do shopping ter a sensação de estar vivo o tempo todo”.

Tiffany & Co: sétima loja no Brasil, no Flamboyant shopping (Tiffany & Co/Divulgação)

A história do grupo explica como o Flamboyant se tornou um centro de referência. O shopping foi inaugurado em 1981 por Lourival Louza, avô de Emmanuele, em um terreno que ainda era visto como distante. “Ele falava que precisava fazer algo pensando no futuro.” A construção marcou o início de um movimento urbano. Com o tempo, o shopping atraiu novos investimentos.

O grupo administra uma área de 2 milhões de metros quadrados ao redor do shopping, onde novos projetos serão implantados. Entre eles, hotéis cinco estrelas e novos empreendimentos residenciais. O grupo também concentra mais de 8 milhões de metros quadrados de terras na cidade, ampliando o potencial de expansão. “Temos muita coisa para desenvolver, temos muito trabalho pela frente.”

Um dos projetos de maior alcance é o complexo que será desenvolvido em parceria com o escritório britânico Foster + Partners. Assinada em Londres, a colaboração prevê o maior complexo de surfe do mundo, com quatro piscinas de ondas da Wavegarden, hotel, áreas residenciais e um mall integrado.

Segundo o grupo, o novo complexo quer redesenhar a experiência urbana no cerrado, integrando natureza e atividades ao ar livre a uma infraestrutura planejada.

Emmanuele lembra que a empresa atravessou gerações mantendo o foco em trabalho de longo prazo. “Meu avô começou há 46 anos, pensando nas próximas gerações.” Hoje, a gestão é conduzida por três irmãs. “Eu tenho muito orgulho porque é o controle feminino e uma gestão feminina.” Para ela, esse olhar influencia a maneira como o grupo decide e executa seus projetos.

A inauguração da Tiffany & Co é tratada como uma validação ao Grupo Flamboyant. “Quando a gente tem a oportunidade de ter contato com as marcas, com o mercado de luxo dentro da nossa cidade, para nós é um reconhecimento muito grande.”

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