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A Apple pode transmitir as provas de Fórmula 1? Rumores crescem com lançamento de “F1- O Filme”

Filme com Brad Pitt no papel principal e produção de Lewis Hamilton estreia no momento em que os direitos de transmissão nos Estados Unidos no Brasil estão sendo renovados

Cena de F1 - O Filme: super produção da Apple TV+ (Apple/Divulgação)

Cena de F1 - O Filme: super produção da Apple TV+ (Apple/Divulgação)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 25 de junho de 2025 às 12h18.

Última atualização em 25 de junho de 2025 às 14h19.

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Corridas automobilísticas renderam clássicos no cinema, a começar por “24 Horas de Le Mans”, com Steve McQueen. Mas “F1- O Filme”, com estreia marcada para quinta-feira, 26 de junho, com Brad Pitt no papel principal e Lewis Hamilton como produtor, promete ser um marco na categoria.

A Apple TV+ investiu 300 milhões de dólares, cifra que coloca o filme no patamar de “Missão Impossível: Dead Reckoning”. O acesso que a produção teve ao circuito da Fórmula 1 foi inédito. O circuito de Silverstone, na Inglaterra, foi transformado em set de filmagem, com presença de 20 pilotos.

Por lá, no paddock verdadeiro, entre as garagens da Ferrari e da Mercedes, foi montado um box especial para a equipe fictícia APXGP. O filme também teve cenas gravadas nos circuitos de Las Vegas e Abu Dabhi, em finais de semana de prova.

Transmissão rende 2,56 bilhões de dólares por ano

As concessões da organização do circuito e a ambição do projeto têm inflamado rumores sobre uma possível compra de direitos de transmissão das provas a partir de 2026 por parte da Apple. O lançamento do filme coincide com o prazo de renovação de concessões em alguns mercados como Estados Unidos e Brasil.

Os direitos são negociados em cada mercado. No total, a Liberty Media, empresa que detém os direitos de organização da categoria, arrecada estimados 2,56 bilhões de dólares por ano. Cerca de metade desse valor é distribuído entre as dez equipes que participam.

É um valor, que globalmente, parece compatível com a popularidade que a Fórmula 1 tem alcançado desde que a Liberty assumiu a operação, em 2017. A categoria atingiu 826,5 milhões de pessoas no mundo em 2024, segundo Nielsen Sports. São 90 milhões de novos seguidores em relação a 2023. A audiência cumulativa global de TV é de 1,55 bilhão de espectadores. Cada corrida tem uma média de 70,3 milhões de espectadores.

Audiência estagnada nos Estados Unidos

Em alguns mercados, como os Estados Unidos, há o sentimento de o acordo de transmissão está sendo negociado em um valor abaixo da sua entrega. A ESPN paga cerca de 90 milhões de dólares ao ano pela transmissão em território americano.

O acordo com a ESPN foi fechado em 2018, quando o esporte estava em outro patamar por lá. O único GP em solo americano então era o de Austin. Hoje, são três, com Miami e Las Vegas. A audiência estimada no primeiro ano de transmissão era de 554 mil espectadores. Os números foram crescendo a ano a ano e atingiram o recorde de 1,2 milhão em 2022.

Mas nas últimas duas temporadas a audiência estagnou em 1,1 milhão. Quando fechou a negociação, a Liberty apontou os Estados Unidos como sua principal aposta de crescimento. A empresa acredita que o potencial total de alcance não foi alcançado. E para isso pode trocar de parceiro de mídia.

1,4 bilhão de usuários de iPhone

Recentemente, o CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, revelou recentemente que cerca de 20 milhões de pessoas assistem cada corrida em plataformas digitais, como o próprio canal F1 TV, além da audiência da TV a cabo.

Da audiência cumulativa de 1,6 bilhão de telespectadores em 2024, cerca de 500 milhões vieram das plataformas de streaming. Domenicalli já afirmou que o crescimento da modalidade vai depender da forma como o conteúdo está sendo consumido.

Estima-se que existam 1,4 bilhão de usuários de iPhone no mundo. É um público enorme, que poderia ser impactado em tempo real sobre as corridas e dispor de serviços como assinatura integrada com o canal de transmissão dos eventos e do próprio canal F1 TV.

Netflix tem investido em esportes

A Netflix desponta na frente nessa disputa. Um dos motivos do sucesso da Fórmula 1 nos anos mais recentes foi a série “Drive to Survive”, que mostra os bastidores das competições. Estima-se que a série foi vista mais de 50 milhões de vezes, principalmente por um público mais jovem.

O canal de streaming tem investido em documentários sobre esporte, como os de Neymar e Alcaraz. Também adquiriu acordos de transmissão de eventos esportivos como as Copas do Mundo Femininas de 2027 e 2031, e a WWE, de luta livre.

Um destaque foi a exibição de dois jogos da NFL no Dia de Natal do ano passado, início de um acordo de três anos, no valor de 150 milhões de dólares por temporada. Em um dos intervalos foi transmitido um show da Beyoncé. Cerca de 24 milhões de telespectadores foram atingidos.

A transmissão da NFL foi um exemplo de como o esporte pode ser potencializado com o entretenimento. No Brasil, que este ano voltou a ter um piloto com Gabriel Bortoleto, quem transmite as provas é a Band. A Globo estaria na negociação para 2026, com exibição de algumas provas no canal aberto e transmissão completa na SporTV e ... no canal de streaming Globoplay.

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