Obra da Bienal: 36a edição terá quatro meses de duração (Bienal/Divulgação)
Repórter de Casual
Publicado em 5 de setembro de 2025 às 08h29.
De regiões próximas a rios como o Tâmisa, o Amazonas, o Hudson, o Limpopo, o Essequibo, além da Baía de Matanzas, foram escolhidos os participantes da 36a Bienal de São Paulo — Nem Todo Viandante Anda Estradas/Da Humanidade Como Prática.
“Foi por esses caminhos que conseguimos reunir artistas de todas as regiões do mundo para a Bienal. A água é fundamental para a existência humana e é a base da vida”, diz Bonaventure Soh -Bejeng -Ndikung, curador-geral do evento, que começa em 6 de setembro.
Com o título inspirado em um verso de Conceição Evaristo, “Nem todo viandante anda estradas, há territórios que só a poesia penetra”, do poema Da Calma e do Silêncio, os mais de 120 participantes apresentarão suas artes em diferentes formatos, como performance, vídeo, pintura, som, instalação, escultura, escrita e experimentações coletivas e musicais. Muitos participantes também trarão investigações com base em práticas comunitárias, ecologias, oralidades e cosmologias não ocidentais.
Neste ano há duas novidades históricas. Esta será a primeira edição em 70 anos a ser entregue por uma mulher, com Andrea Pinheiro (presidente) e Maguy Etlin (vice-presidente) à frente da Fundação Bienal de São Paulo. E pela primeira vez a Bienal terá duração de quatro meses, se estendendo até 11 de janeiro de 2026.
“A iniciativa tem como objetivo ampliar o acesso do público, promovendo cultura e educação para uma quantidade maior de visitantes”, diz Pinheiro.
A Bienal conta com uma parceria inédita com a Rolex, que também é o Relógio Oficial da 36ª edição da mostra. Diversos artistas renomados que participaram da história da Bienal de São Paulo também integraram a Iniciativa Rolex Perpetual Arts, entre eles, destacam-se David Hockney, pioneiro na exploração de tecnologias na arte e participante das 9ª, 13ª e 20ª edições da exposição; Anish Kapoor, conhecido por suas esculturas monumentais e destaque nas 17ª e 23ª edições; e Olafur Eliasson, que marcou presença na 24ª edição.
“Por meio da Iniciativa Rolex Perpetual Arts a marca estabelece há mais de meio século parcerias com algumas das mais prestigiadas instituições artísticas do mundo e apoia criadores visionários que deixam um impacto duradouro na sociedade. A colaboração com a Bienal de São Paulo reflete essa tradição, reforçando o compromisso da Rolex em incentivar a transmissão do conhecimento para as futuras gerações e perpetuar o legado cultural do mundo”, diz Eduardo Machado, diretor-geral da Rolex.
36a Bienal de São Paulo — Nem todo viandante anda estradas/Da humanidade como prática| De 6 de setembro de 2025 a 11 de janeiro de 2026 | Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera, Portão 3, São Paulo. Entrada gratuita